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O advogado Carlos Alberto Pereira, acusado de aplicar golpes contra aposentados e pensionistas, está proibido pela Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná (OAB/PR) de exercer a advocacia por 90 dias, a contar do dia 5 de junho, por responder a processo administrativo.

Em nota, divulgada no fim da manhã desta quarta-feira (12), a OAB informa que o advogado está suspenso preventivamente pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB Paraná e que ele responde a processo de exclusão. Segundo a assessoria de imprensa da OAB, já existiam denúncias contra Pereira no Tribunal por recebimento indevido de precatórios em processos judiciais contra a Previdência do estado.

Pereira está foragido e teve mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça. O advogado é acusado de chefiar o esquema que fraudava o recebimento de precatórios. O golpe prejudicou pelo menos 89 famílias de aposentados e ex-servidores públicos paranaenses. O grupo estaria agindo havia mais de 15 anos e seria responsável pela saída de mais de R$ 100 milhões dos cofres públicos em ações ilegais. Além de Pereira, sua funcionária Dirce Ferreira está foragida.

Operação

Quatro pessoas foram presas em Curitiba, na tarde de terça-feira (11), acusadas de envolvimento com o advogado e à empresa fantasma Citiserv, usada para lavagem de dinheiro. Os detidos responderão pelos crimes de estelionato, coação, fraude processual, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

A suspeita de irregularidades no pagamento de precatórios e outras ações contra o estado veio à tona quando familiares de funcionários públicos aposentados (a maioria ex-militares) buscavam informações com procuradores para saber quando receberiam os benefícios. No entanto, ao consultar o histórico do processo, descobria-se que o valor já tinha sido pago. Na maioria dos casos, o dinheiro tinha sido depositado em contas bancárias de empresas.

O esquema já vinha sendo denunciado a diversos órgãos públicos pela Procuradoria de Previdência Funcional do Estado do Paraná desde 2000, mas a operação Máfia dos Precatórios só começou há dez dias, quando o Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) recebeu a denúncia.

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