Um advogado de Florianópolis, que havia sido detido no mês passado sob suspeita de criar perfis falsos no Orkut, saiu da prisão no início desta semana e responderá ao processo em liberdade. O promotor Luiz Fernando Fernandez Pacheco, que responde pela 1ª promotoria de Justiça de Florianópolis, afirmou ao G1 que o homem foi denunciado por incidir três vezes no crime de falsa identidade.
O centro de triagem de Florianópolis, para onde o acusado foi levado no dia 14 de agosto, confirmou ao G1 que o alvará de soltura foi expedido na segunda-feira (1º), data em que o advogado foi liberado.
"Ele responderá ao processo em liberdade, com o compromisso de comparecer a todos os autos. Ele tem residência fixa e não tem antecedentes criminais", disse Pacheco, explicando o motivo da soltura.
A polícia civil deteve o advogado de 26 anos em flagrante, na noite de 13 de agosto, em uma LAN house no centro de Florianópolis. Segundo a polícia, ele era suspeito de ter criado três perfis falsos no site de relacionamentos Orkut. Duas dessas páginas usavam o nome de uma funcionária de um banco de Santa Catarina, onde o acusado também trabalhava, enquanto o terceiro perfil difamava o noivo dela.
Boletim de ocorrência
O noivo da vítima abriu um boletim de ocorrência no final de 2007 por conta da criação de uma página falsa em seu nome -- o conteúdo publicado dava indícios de que o noivo era homossexual. No início de 2008 foi criada uma nova conta, esta em nome da funcionária do banco, que associava seu rosto a fotos pornográficas. Na seqüência, a mulher ganhou mais um perfil falso que foi utilizado inadequadamente para interagir com outras pessoas, inclusive do banco onde trabalha.
André Gustavo da Silveira, da equipe de investigação do 1º Departamento de Polícia Civil, contou ao G1 na época da detenção que, a partir do boletim de ocorrência, os investigadores levantaram informações sobre possíveis suspeitos e passaram a rastrear o advogado. Além disso, tiveram a ajuda de proprietários das LAN houses da cidade: um deles avisou a polícia sobre a presença do suspeito no local.
Para realizar o flagrante, os policiais esperaram o advogado se logar no Orkut usando os perfis das vítimas. Silveira conta que o homem permaneceu calado depois da detenção, não revelando o motivo que o teria levado a criar as contas falsas.
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