O advogado londrinense Antonio Carlos de Andrade Vianna disse nesta segunda-feira, que pediu ao investigador da Polícia Civil, Délcio Razera, que monitorasse uma pessoa suspeita de espionagem industrial, mas não pediu nenhuma irregularidade, como grampo telefônico. Razera, que trabalhava na Casa Civil e se dizia assessor do governo do Estado, foi preso na semana passada junto com outras seis pessoas na "Operação Pátria Nossa", deflagrada pela Promotoria de Investigações Criminais (PIC), que apura interceptação clandestina de ligações telefônicas (grampo).
Com base em autorização judicial, a PIC interceptou telefonemas de Razera. Uma das conversas foi com Vianna, na qual ele pedia o monitoramento do funcionário de uma empresa. "Liguei para o Razera e pedi para ele verificar uma situação de espionagem industrial de uma empresa de um cliente (de Vianna)", explicou o advogado.
"Minha conversa não foi de mandar grampear", declarou Vianna, afirmando que seu cliente é que poderia estar sendo vítima de grampo. "Ele estava sofrendo espionagem industrial porque todo negócio que fecharia, a concorrente fechava na frente", sustentou Vianna, dizendo que o monitoramento do funcionário é uma situação "absolutamente normal".
Por conta da conversa gravada com Razera, a Justiça concedeu mandados de busca e apreensão na casa e no escritório de Vianna, mandados que foram cumpridos na semana passada. Fitas de vídeo e de áudio, CDs e DVDs foram recolhidos e encaminhados para a PIC de Curitiba, que centraliza as investigações.
Vianna afirmou que não há ilegalidade no pedido feito a Razera, mas disse que não é contra a investigação feita pela PIC. O advogado disse ao JL que teve acesso à transcrição da íntegra do diálogo com o investigador preso e que em nenhum momento há referência a grampo.
O JL procurou nesta segunda o coordenador da PIC em Curitiba, Paulo Kessler, para saber o motivo da investigação, mas segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público (MP), ele passou o dia cumprindo mandados de prisão e ouvindo duas pessoas que foram presas: Gonzalo Arturo Canoles Farias, de 48 anos, conhecido como "Chileno", e Isaac José Rodrigues, de 29 anos, o "Isaquinho". Eles seriam responsáveis pela instalação dos grampos.
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