Santos (AE) No mesmo ato que decretou a prisão preventiva de Edson Cholbi Nascimento, o ex-goleiro Edinho, a juíza Lizandra Maria Lapenna marcou o interrogatório para janeiro do ano que vem, informou o advogado Sidney Gonçalves, que defende o filho de Pelé e estranhou o prazo tão longo para que o acusado seja ouvido. Ele entrará na segunda-feira no fórum de Praia Grande, onde corre o processo em segredo de justiça, com um pedido de liberdade provisória para Edinho. Para o advogado, não há justificativa para a prisão: "Os argumentos são os mesmos do primeiro processo e o STF (Supremo Tribunal Federal) já se manifestou, derrubando todos eles e mandando colocar o menino em liberdade". Segundo o advogado, não há fato novo que justifiquem o processo e a prisão de Edinho. "O rapaz não tem imóvel, nem sua esposa, mora num apartamento do pai e não tem movimentação financeira. Como pode ser processado por lavagem de dinheiro?", questiona. Para Sidney Gonçalves, as provas materiais, baseadas no que foi levantado na quebra de sigilo bancário não atingem seu cliente.
Se não conseguir a liberdade provisória em Praia Grande, ele entrará com habeas corpus no Tribunal de Justiça, podendo percorrer o mesmo caminho que o anterior, que passou também pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e terminou no Supremo Tribunal Federal, que concedeu liminarmente a liberdade para Edinho.
O ex-jogador foi preso durante a Operação Indra, que prendeu 11 pessoas acusadas de fazer parte da quadrilha de Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho.