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Máfia dos precatórios

Advogado se entrega à PF e deve ser ouvido hoje

O advogado Carlos Alberto Pereira, suposto líder da máfia dos precatórios no Paraná, entregou-se para a Polícia Federal em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na última segunda-feira. Ele foi transferido na terça-feira para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A previsão é que ele seja interrogado nesta quinta. Pereira estava foragido há cerca de cem dias e sua prisão preventiva foi decretada pela Justiça Estadual, após clientes e herdeiros procurarem a polícia (a maioria viúvas, aposentados e pensionistas do governo estadual), dizendo que foram enganados. Segundo o advogado Daniel Laufer, do escritório de advocacia Sánchez Rios, "ele se entregou para esclarecer os fatos que lhe imputam, devendo ser interrogado pela Polícia Federal."

No mês passado, Pereira foi excluído da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Paraná, e proibido de exercer a profissão. A decisão foi unânime, mas segundo seus defensores o julgamento se limitou à repercussão do fato e não a cada uma das situações investigadas pela polícia. O Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) investiga situações que dão conta de que o advogado ficava com até 100% dos valores de ações movidas contra o governo para receber diferenças salariais (de aposentadorias e pensões). Ao ganhar as ações, os valores superiores a R$ 14 mil eram transformados em precatórios – um documento para entrar no orçamento do estado e na fila de pagamento. A outra opção era negociar os precatórios com a empresa Citiserv, pertencente a ele. Segundo os defensores, ele vai esclarecer todas essas questões.

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