O ministro do STF Alexandre de Moraes.| Foto: Fellipe Sampaio/STF
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Advogados de presos pelo 8 de janeiro relataram dificuldades de acesso ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante visita aos magistrados da Corte, nesta quarta-feira (13). Durante as visitas, foram entregues documentos com relatos sobre a situação de saúde em que se encontram os presos e novo pedido de soltura. Também foi solicitada remoção das medidas cautelares.

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Em vídeo gravado em frente ao prédio do STF, o advogado Ezequiel Silveira disse que a diligência foi recebida em todos os gabinetes, exceto no gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

Mesmo com agendamento prévio da visita, foi informado ao advogado que o atendimento deveria ser feito apenas por e-mail ou telefone.

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“Eles falaram que não recebem advogados. O único atendimento que eles fazem é por e-mail ou por telefone. Nem com agendamento. Então, vamos formalizar essa denúncia, mais uma vez, no Conselho Federal da OAB para mostrar como o ministro Alexandre de Moraes tem tratado os advogados”, relatou Silveira em vídeo compartilhado em suas redes sociais.

De acordo com a Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav), há presos do 8/1 com situações graves de saúde física e mental, e já existem 26 pessoas com parecer favorável à soltura, aguardando decisão. Os advogados têm feito reiterados apelos para que esses pareceres sejam apreciados pelo STF.

Os apelos se intensificaram depois da morte do empresário Cleriston Pereira, que aconteceu dia 20 de novembro, na Papuda, após o STF ter ignorado vários alertas sobre o estado de saúde do preso. Cleriston tinha parecer do Ministério Público Federal (MPF) favorável à soltura.

Os representantes da Asfav também citaram o caso do lanterneiro e pintor Claudinei Pego da Silva, de 42 anos, que tentou suicídio dentro da cela onde está detido, na Papuda, no último sábado (9). Claudinei sofre com comorbidades e já teve parecer favorável à soltura negado por Alexandre de Moraes.

Na terça-feira (12), os advogados também entregaram ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a mesma documentação relatando a situação em que os presos pelo 8/1 se encontram nas carceragens.

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