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Violência

Advogados e investigadores em pé-de-guerra

De um lado, a defesa dos ciganos alega que não é interessante para a polícia que M.A.B seja apresentado, pois revelaria a incompetência da investigação desde o caso Giovanna. Do outro lado está a polícia e o Ministério Público, afirmando que a ligação dos casos Giovanna e Rachel não passa de artimanha da defesa dos ciganos.

"O caso de Rachel foi de rapto e violência sexual. No caso Giovanna, a violência sexual não ficou comprovada. Encontramos fios de luz e marca de mão de criança na casa dos ciganos", explica o promotor de Justiça responsável pelo caso Giovanna, Octacílio Sacerdote Filho.

O superintendente da delegacia de Quatro Barras, que participou da investigação do caso Giovanna, José Carlos França Neves, está seguro da autoria do crime. "A polícia trabalha em cima de evidências. O nome de M.A.B só surgiu porque ele era vizinho de Giovanna. Não foi encontrado nada que o ligasse ao crime. Fio de cabelo e colchão com mancha de urina são comuns. Encontramos em quase todas as casas da região. O saco de lixo achado na casa dele não combinava com o utilizado no crime", afirma. "Isto é uma artimanha da defesa", diz.

O advogado de defesa dos ciganos, Cláudio Dalledone, diz desconfiar até mesmo da existência de tal exame de DNA que comprovaria que M.A.B não é o autor do crime. "O desembargador traçou uma analogia entre os dois casos e determinou que o Cope remetesse na íntegra, para o processo do caso Giovanna, o inquérito do caso Rachel. O que o Cope fez? Não teve coragem de apresentar. Por quê? Porque vai desmascarar. A polícia não resolveu o caso Giovana. Nem resolveu o caso Rachel", opina. "O secretário de Segurança Pública está em uma situação difícil agora", dispara. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) foi procurada, mas preferiu não se pronunciar sobre o assunto. (TC)

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