O mutirão itinerante "Maré da Justiça" do escritório de advocacia Bahr, Neves & Mello, está rodando as ilhas do Litoral do Paraná desde ontem para levar informações às famílias que possuem ações judiciais contra a Petrobras em função dos acidentes ambientais ocorridos em 2001. A expectativa do escritório é que, até amanhã, 5 mil pescadores tenham sido atendidos.
A principal queixa dos pescadores nesses 13 anos de espera por indenizações é a falta de informações sobre os processos, que começaram a ser pagos em 2008 por meio de execuções provisórias. De acordo com o advogado Fabiano Neves, um dos sócios do escritório, o objetivo é que, daqui para frente, nenhum pescador fique sem informações sobre os processos. "A ideia é passar as informações corretas e diminuir a desinformação" diz.
Existem pescadores que receberam integralmente o valor da indenização, no entanto, a maioria deles, ainda aguarda para receber o saldo que está depositado em conta corrente. O escritório de advocacia informou aos pescadores que o Tribunal de Justiça está avançando na liberação dos processos e dos valores remanescentes.
A assessoria de imprensa do mutirão informou que a ação está sendo desempenhada por advogados, estudantes e observadores da Justiça, da OAB e do Ministério Público.
O MP, porém, disse que não fará parte do mutirão porque o escritório que o está promovendo é um dos três investigados pelo órgão por suspeitas de irregularidades na condução das ações ambientais. A OAB-PR e o TJ-PR também informaram que não participarão.
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