| Foto: Nelson Almdeida/AFP

A aeronave que caiu na tarde de sábado (19) em um sobrado na zona norte de São Paulo não tinha caixa preta, informou neste domingo (20) a Aeronáutica. O avião caiu logo depois de decolar do Campo de Marte, bateu em um sobrado de três andares e explodiu, em razão do fato de estar cheio de combustível.

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No acidente morreram sete pessoas: o dono do avião, o ex-presidente da Vale Roger Agnelli, a mulher dele, Andrea, os filhos Anna Carolina e João, o genro, Parris Bittencourt, a namorada do filho, cujo nome ainda não foi divulgado, e o piloto, Paulo Roberto Simões.

Na prática, a ausência de caixa preta dificulta saber por que a aeronave caiu. Um avião pode ter duas caixas pretas: uma de dados, que monitora o comportamento dos equipamentos do avião (motor, altitude, velocidade, entre outros) e a outra de voz, que grava a conversa na cabine nas duas horas anteriores ao acidente.

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Dilma lamenta morte de Agnelli, “de extraordinária visão”

A presidente Dilma Rousseff divulgou nota em que lamenta a morte do empresário Roger Agnelli, sua mulher, filhos, genro e nora. Dilma afirma, na nota, que o País perdeu “um brasileiro de extraordinária visão empreendedora”. Ela destaca que Agnelli “dedicou sua carreira a grandes empresas brasileiras, sempre comprometido com o desenvolvimento do País” e manifesta solidariedade a parentes e amigos.

O empresário e sua família morreram ontem na queda de um avião no Jardim São Bento, zona norte de São Paulo.

Sem elas, não se saberá com precisão o que se passou no avião, embora não seja um impedimento absoluto para se descobrir o que causou o acidente. Há outros elementos que auxiliam na apuração, como a conversa entre piloto e o controle de tráfego aéreo e características físicas dos destroços: a posição das pás, por exemplo, permitem saber se quando caiu o motor funcionava ou não.

Aeronaves comerciais de passageiros são obrigados a ter as duas. Os de pequeno porte, em geral, não precisam ter as duas caixas pretas -às vezes há exigência de se ter uma, ou nenhuma delas.

Para o Compair CA-9 que caiu com Agnelli, com capacidade máxima de sete pessoas, não havia a obrigatoriedade de ter esse tipo nenhuma das caixas pretas, tanto de voz quanto de dados -fica a critério do dono instalá-lo ou não. No caso do avião de Roger Agnelli, não foi instalado.

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Cabe ao Cenipa a investigação de acidentes aéreos no Brasil. No caso da investigação do acidente de sábado, o órgão enviou peritos do Seripa 4 (Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) para fazer uma apuração inicial dos fatos. A depender do resultado, o órgão prossegue com as investigações ou deixa essa atribuição unicamente com a Polícia Civil.

Isso porque o Cenipa não é obrigado a investigar acidentes com aviões de categoria experimental, como é o caso, a não ser que entenda que, ao apurar, consiga emitir recomendações para evitar que outro desastre aconteça.