Foz do Iguaçu O Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu tornou-se rota de traficantes de drogas após o aperto na fiscalização em regiões da fronteira com o Mato Grosso Sul. Somente neste ano, a Receita Federal e Polícia Federal (PF) apreenderam 17,135 quilos de cocaína e 31,75 quilos de maconha no terminal. Sete pessoas foram presas. O último carregamento, um total de 8,5 quilos de coca, foi retido no sábado e no domingo com duas mulheres e um homem, todos paraguaios.
A PF não dispõe de estatísticas de apreensões do ano passado, mas sabe-se que o montante retido este ano no aeroporto de Foz é maior em relação ao mesmo período de 2005. O delegado chefe do Núcleo de Operações da PF de Foz do Iguaçu, Alexander Dias, conta que as drogas são identificadas pelo scanner do terminal ou apreendidas devido às informações do serviço de inteligência da PF. Nos últimos dias, os agentes também estão utilizando a cadela Luna, cão farejador da raça Labrador, para fazer revistas.
Apesar de ser visado pelos traficantes, o terminal de Foz do Iguaçu possui apenas um scanner operado pela RF para identificar mercadorias contrabandeadas e drogas trazidas em malas. Um outro scanner, situado na entrada da sala de espera, é destinado somente para a checagem da bagagem de mão.
O efetivo de dois fiscais da Receita Federal por turno, no aeroporto, é insuficiente para a demanda. Quando os fiscais necessitam emitir autos de apreensão e revistar as malas ao mesmo tempo, em momentos de pico, nem todos passageiros são revistados. Para driblar a fiscalização, os traficantes costumam adotar algumas estratégias. Uma delas é colocar os entorpecentes envoltos em papel carbono para dificultar a identificação feita pelo aparelho de raio-x.
Prisão
Um casal que tentava embarcar para Curitiba ontem de manhã foi preso no aeroporto de Foz, por desacato a servidores da Receita e da PF. Os turistas devem responder ainda por crime de contrabando e danos ao patrimônio público. Os dois estavam com um computador pessoal sem a Declaração de Bagagem Acompanhada e o comprovante de recolhimento do imposto de importação, documentos obrigatórios para compras feitas no exterior.
Ao ser informado que a mercadoria seria apreendida, o casal, em protesto, rasgou o termo de apreensão e jogou o notebook no chão.