Aeroviários e aeronautas confirmaram para esta quinta-feira (23), às 6 horas, uma paralisação nos aeroportos do País, depois que sucessivas rodadas de negociações por reajuste salarial com as companhias aéreas terminaram sem acordo.

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Os aeronautas são os profissionais que tripulam os voos (comissários, pilotos e copilotos) e os aeroviários são aqueles que atuam em solo, como mecânicos e pessoal de check-in. Os manifestantes devem se concentrar às 5 horas no Sindicato dos Aeroviários de São Paulo.

A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, afirmou que a entidade está pronta para a paralisação, mas não quis dar mais detalhes. Segundo ela, o objetivo é impedir que as companhias aéreas desarticulem o movimento grevista. A sindicalista diz ainda que algumas empresas ameaçaram de demissão por justa causa os funcionários que cruzarem os braços. As companhias também estariam orientando os trabalhadores a irem para os aeroportos sem os uniformes para que não sejam impedidos de trabalhar pelos grevistas.

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Governo

O governo está mobilizado para evitar a greve no setor aéreo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e do Planejamento, Paulo Bernardo, estão trabalhando para evitar a greve do setor aéreo.

Lula criticou as companhias aéreas, os aeroviários e aeronautas por não chegarem a um acordo para evitar a greve das categorias, marcada para começar nesta quinta-feira, antevéspera do Natal, e que pode levar os passageiros a enfrentar um caos nos aeroportos no fim de ano.

Segundo Lula, os brasileiros não podem ser prejudicados por falta de negociação e "atitudes de irresponsabilidade e insensatez".

Para o presidente, a negociação deveria ter sido feita com antecedência. Ele acredita que tanto empresários quanto os trabalhadores devem ser flexíveis. "O que não pode é nenhuma atitude de irresponsabilidade que leve o povo brasileiro a sofrer. Estou convencido que deve haver maturidade entre os trabalhadores e empresários para que o povo não seja a vítima da insensatez", disse Lula, após cerimônia no Palácio do Planalto.

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