A Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju) determinou, nesta sexta-feira (22), a suspensão preventiva de quatro agentes penitenciários e dois agentes de cadeia pública por suspeita de envolvimento na morte de um preso, no dia 17 de fevereiro, na Casa de Custódia de Maringá (CCM).
O detento Marcos de Souza Melo, 37 anos, suspeito de estuprar e matar a mãe adotiva em Ourizona (a 35 quilômetros de Maringá), no início de fevereiro, foi encontrado morto ,na cela individual onde estava preso, com sinais de espancamento. A Declaração de Óbito revelou que a morte foi causada por "insuficiência respiratória, trauma torácico abdominal por agressão física e hemorragia aguda."
Melo foi encaminhado para a Casa de Custódia em 15 de fevereiro, aparentemente sem lesões físicas. Segundo a secretária da Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, em nota publicada pela Seju, a responsabilidade recai sobre a equipe dos agentes de plantão, já que o detento estava em uma cela individual.
"Não admito morte de preso por agente penitenciário ou por qualquer servidor do estado. Se não queremos que nossas famílias sejam agredidas, devemos trabalhar e viver sem agressão, num ambiente de paz e sem violência", afirmou em nota.
Nesta sexta-feira (22), a secretária formalizou o pedido de acompanhamento rigoroso do caso pelo Ministério Público de Maringá, através do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). O laudo final do Instituto Médico Legal (IML) de Maringá, considerado decisivo para a investigação da morte, deve ser divulgado em 15 dias, segundo a Seju.
Crime
Marcos de Souza Melo foi preso na sexta-feira (15), em Ourizona, na região Noroeste do Paraná e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Mandaguaçu. Ele era suspeito de matar e estuprar a mãe adotiva de 78 anos. A idosa morreu no Hospital Municipal de Ourizona, na quinta-feira (14). O médico que atendeu a mãe adotiva de Melo comunicou à polícia que a senhora apresentava sinais de violência sexual.
Em depoimento, o filho adotivo de 37 anos, alegou que mantinha relações sexuais com a mãe com o consentimento dela. No entanto, afirmou que a mãe teria morrido por conta de ferimentos causados por uma queda, que teria acontecido dias antes na casa da família. Segundo a Polícia Civil, Marcos de Souza Melo não aparentava ter distúrbios psicológicos.
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