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Protesto causou filas no Afonso Pena nesta terça-feira | Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Protesto causou filas no Afonso Pena nesta terça-feira| Foto: Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Uma manifestação de funcionários terceirizados do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, causou tumulto nos embarques no terminal na manhã desta terça-feira (13). Longas filas se formaram no aparelho de raio-X, no qual atuam os funcionários da empresa Aeropark. Eles protestaram por reajuste salarial e forçaram, nas primeiras horas da manhã, uma espécie de operação padrão.

A assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que um plano de contingenciamento foi acionado para minimizar os problemas. Funcionários de outras áreas da empresa foram deslocados para o aparelho de raio-X. Às 9h30 a situação já era considerada normal pela Infraero.

Segundo o jornalista Marcelo Dias Lopes, da RPC TV, que chegou ao aeroporto por volta das 7h30, a fila para passar pela fiscalização durava cerca de uma hora. Ele conta que os funcionários das esteiras de bagagem não chamavam o próximo da fila para agilizar o processo e isso deixou o fluxo de pessoas mais lento que o normal. "Quando eu cheguei, tinha duas filas e elas davam a volta em todo o saguão."

Lopes conta que quando chegava perto de um voo sair, os funcionários chamavam as pessoas que precisavam entrar naquele avião. Por isso, aparentemente, conforme o jornalista, não houve reclamação de pessoas que perderam o voo. "Havia mais pessoas que reclamavam pela demora, foi a maior fila que eu já vi no aeroporto."

Possibilidade de greve

A Aeropark terceiriza mais ou menos 150 funcionários, entre raio-x, carregamento e terminal de cargas. Funcionários da empresa, que não quiseram se identificar, confirmaram que o salário deles está atrasado. Um deles disse que caso não haja pagamento, eles entrarão em greve a partir desta quarta-feira (14). A assembleia da categoria está marcada para 8h desta quarta. Em caso de paralisação, apenas 40% do quadro vai seguir com o trabalho no Afonso Pena.

Parte dos empregados também reclama da falta de reajustes nos salários, mas nenhum deles admite que houve protesto nesta segunda (12) e terça-feira (13). Também sem se identificar, uma funcionária confirmou que eles "trabalharam mais devagar", e devido ao movimento mais intenso por conta do dia das mães, houve grande acúmulo de passageiros no terminal.

A assessoria da Infraero informou que não tinha conhecimento sobre a greve e que, em caso de paralisação, a empresa vai acionar o plano de contingência - ou seja, vai realocar funcionários da própria Infraero para substituir ou auxiliar os funcionários terceirizados.

A reportagem entrou em contato com a empresa Aeropark às 9h45 e até as 16h30 ainda não tinha recebido retorno do responsável com mais informações sobre o movimento.

Meteorologia e órgãos públicos

O terminal não teve restrições na operacionalidade por causa das condições meteorológicas desta manhã, apesar da neblina que pairava sobre parte da Grande Curitiba entre a madrugada e a manhã.

A Polícia Federal e a Receita Federal trabalhavam normalmente pela manhã. Ambas as entidades negaram ter qualquer relação com o protesto dos terceirizados.

Tumulto na segunda-feira (12)

A assessoria de imprensa Infraero manteve a informação de que o tumulto e as filas formadas na segunda-feira (12) ocorreram por causa da movimentação acima do normal no terminal em função do retorno do Dia das Mães. Em segundas normais, o movimento costuma ser de 800 passageiros por hora. Segundo a empresa, 1,2 mil passageiros por hora passavam pelo terminal por causa da volta da data especial nas primeiras horas do dia, conforme a Infraero. A empresa nega que tenha ocorrido protesto de terceirizados na segunda-feira (12).

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