O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, ganhará uma lanchonete com alimentos a preços populares. O edital para a concessão do estabelecimento foi lançado ontem no Diário Oficial da União e prevê uma relação de 15 produtos com preços máximos a serem cobrados dos usuários. A previsão é de que, vencida a etapa licitatória, a lanchonete passe a funcionar a partir de maio.
O modelo é inédito nos aeroportos brasileiros. A experiência no Afonso Pena servirá como "teste" para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que pretende instalar outras "lanchonetes populares" nos aeroportos das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. De acordo com a Infraero, o mesmo procedimento deve ser realizado em nove das 12 cidades-sede. Apenas os aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília não terão as lanchonetes populares, porque serão privatizados.
Valores
Entre os produtos básicos listados no edital estão salgados como coxinha, empada e quibe, que deverão custar no máximo R$ 3,20, e café, cujo preço vai variar de R$ 1,60 a no máximo R$ 2,90, dependendo da quantidade. O maior preço apresentado é o do sanduíche natural, que pode chegar a R$ 3,90. Os valores foram estabelecidos conforme pesquisas feitas em estabelecimentos fora do aeroporto, em Curitiba e São José dos Pinhais.
Segundo o diretor comercial da Infraero, Geraldo Moreira Neves, o Aeroporto Afonso Pena foi escolhido por já apresentar uma área disponível de 34 metros quadrados, no terraço panorâmico, para ser utilizada pela empresa vencedora da licitação. O pregão, presencial, está marcado para o dia 14 deste mês e vencerá quem apresentar o maior valor pelo aluguel do espaço. O preço mínimo pela concessão é de R$ 16, 5 mil por mês R$ 990 mil em 5 anos, período da concessão.
Concorrência
Hoje, o Afonso Pena conta com nove empresas concessionárias de alimentação, que administram 19 estabelecimentos. Entre os pontos comerciais estão franquias do McDonalds, da Youguland e da Casa do Pão de Queijo. O preço elevado dos produtos, porém, é motivo de reclamação entre passageiros e usuários. "A ideia é exatamente estabelecer essa concorrência entre os estabelecimentos, fazer com que preços mais baixos, pelo menos desses produtos básicos de alimentação, sejam praticados também por outras empresas", afirma Neves.
Os preços dos produtos vendidos na nova lanchonete poderão ser reajustados, após um ano da assinatura do contrato. O edital prevê, no entanto, que os reajustes precisam ser autorizados pela Infraero, mediante solicitação formal e fundamentada em pesquisa de preços no mercado justamente nos mesmos estabelecimentos que serviram de base para os valores apresentados no edital.
Além disso, a empresa responsável pelo espaço terá de fazer pesquisas semestrais com os usuários do aeroporto, para medir o grau de satisfação quanto ao serviço oferecido o edital prevê que a satisfação deve permanecer acima de 70%. Caso contrário, a empresa deverá fazer melhorias para se adequar.
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Interatividade
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