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Cinco foragidos do sistema penitenciário voltaram na segunda-feira à prisão. Foi a primeira entrega coletiva promovida pela ONG AfroReggae, que nasceu depois da chacina de Vigário Geral, em agosto de 1993. Eles são acusados de assaltos, homicídios e tráfico de drogas. Em agosto passado, Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, ex-chefe do tráfico no Morro da Mangueira, procurou o AfroReagge após deixar a cadeia. Ele cumpriu 21 anos de prisão e decidiu mudar de vida. Hoje trabalha com carteira assinada, como assessor do coordenador do AfroReggae, José Júnior.

Segundo o pastor Rogério Ribeiro de Menezes, que trabalha com a ressocialização de presos desde 1993 e há três se juntou ao AfroReggae, os cinco criminosos estavam foragidos depois de receberem benefícios, com indulto de Natal e progressão para o regime semiaberto. O grupo pertencia a facções criminosas diferentes, que já controlaram favelas nos complexos do Alemão e da Maré.

"Eles nos procuraram pedindo apoio, querendo se entregar, seguindo o caminho que outros bandidos já traçaram. Eles sabem que o AfroReggae conta com apoio jurídico de escritório de advogados, como o de Técio Lins e Silva; e com a ajuda até do juiz da Vara de Execuções Penais (VEP)", afirmou o pastor Rogério.

Outros bandidos querem se entregar, diz pastor

O coordenador do AfroReggae, José Junior, lembrou que o apoio do juiz da VEP, Carlos Eduardo Figueiredo, e da Defensoria Pública do Rio tem sido fundamental para o sucesso do programa "Empregabilidade".

"Sem contar o trabalho fundamental de ex-traficantes, como o Tuchinha, que já foi dono de morro, como a expressão da Mangueira. O criminoso confia no trabalho que fazemos. Estamos abrindo portas, quem quiser é só entrar", afirmou José Junior.

O pastor Rogério contou que o AfroReggae já tem uma relação de traficantes e de outros criminosos dispostos a se entregarem.

"Muitos já nos procuraram e estamos conversando, mostrando um novo caminho."

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