Ponta Grossa – As agências dos Correios, que funcionam como correspondentes bancários há cinco anos, se tornaram alvo de assaltantes no interior do estado. Os ladrões se disfarçam de clientes, chegam quase no fim do expediente, esperam todos saírem e, armados, anunciam o assalto aos funcionários. As vítimas são trancadas no banheiro, enquanto os bandidos recolhem o que há nos malotes. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) tem um setor próprio de gestão de segurança, e afirma que as providências estão sendo tomadas para prevenir os roubos, mas o sindicato da categoria pede uma solução urgente.

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Era pouco antes do meio-dia de quarta-feira quando a agência dos Correios de Reserva (região Central do Estado) foi roubada por dois homens. Eles entraram na agência quando os funcionários já estavam baixando as portas para o horário do almoço, com o pretexto de que queriam comprar uma Tele-sena. Lá dentro, mostraram os revólveres e forçaram os funcionários a entregar o dinheiro. Fugiram levando R$ 20 mil, e não foram identificados pela polícia.

No mesmo dia, no fim da tarde, em Prudentópolis, a cerca de 160 quilômetros de Reserva, a agência dos Correios foi roubada por uma dupla armada. Assim como em Reserva, os atendentes também foram fechados no banheiro. Os ladrões levaram R$ 4 mil em dinheiro e também não foram localizados.

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Em outubro, os Correios de Mallet também foram vítimas de assalto a mão armada. O prejuízo à empresa porém foi de apenas R$ 1 mil. No mesmo período, conforme o investigador da delegacia de Mallet, Mauro Batista da Luz, foram roubadas as agências de Paulo Frontin e Paula Freitas, na mesma região. A agência de General Carneiro, que também fica próxima a Mallet, já foi assaltada três vezes desde o fim do ano passado. Os funcionários das agências não estão autorizados a falar sobre os casos.

A Polícia Militar do Paraná não possui estatísticas sobre os roubos às agências dos Correios. Mas a assessoria de comunicação dos Correios no estado afirma que o número de roubos caiu neste ano. A instituição porém não divulga as estatísticas, alegando motivo de segurança.