Os agentes penitenciários do Paraná ameaçam cruzar os braços a partir de hoje, mantendo apenas 30% do efetivo no sistema, e mudar a escala de trabalho, para cobrar uma retratação do governador Roberto Requião, que desrespeitou ontem os servidores que trabalham na Prisão Provisória de Curitiba (PPC). A categoria se sentiu ofendida durante a visita do governador ao presídio do Ahú. "Ele disse que o coronel Honório Bortolini, diretor da Departamento Penitenciário (Depen), tem ordem para arrepiar o cacete se houver greve. Falou ainda que depois mandaria nos exonerar", disse um dos agentes.
Segundo funcionários do presídio do Ahú, o governador entrou na unidade por volta das 16 horas, com os coordenadores do Depen e seus seguranças, em dois carros. "Foi aí que ele começou a falar de greve. Ninguém disse nada, e o governador começou a dizer que os agentes ganham muito, insinuou que são meio preguiçosos e que ia mandar baixar o sarrafo se houvesse greve", afirmou um dos funcionários. "O governador só não apanhou porque saiu rapidamente do local, quando notou a besteira que disse", lembrou outro agente.
De acordo com Sandra Márcia Duarte, presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário, a categoria vai mudar a escala de trabalho nas penitenciárias para dar uma resposta a Requião. "O governador mandou alguém procurar o coronel Honório e fazer um mea-culpa pelos excessos, mas o pessoal já decidiu mudar a escala a partir do dia 5", disse. A atual é 12 horas de trabalho por 36 horas de folga. A nova será de 24 horas trabalhadas por 72 de descanso.
A líder sindical contou que a mudança de escala teria sido o pivô da confusão. "Alguém contou para ele, dizendo que faríamos greve e ele destratou todo mundo. Por isso 70% dos agentes do Ahú cruzaram os braços no fim da tarde", afirmou.
O Palácio Iguaçu negou que a visita de Roberto Requião ao presídio estivesse na agenda. A assessoria de imprensa da Secretaria da Justiça foi procurada pela reportagem, mas optou por não se manifestar sobre o assunto.
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