Os policiais federais que atuam nas fronteiras do Brasil, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, iniciaram nesta quinta-feira uma operação padrão. A iniciativa é um protesto contra as condições de trabalho dos servidores, que atuam nas localidades de difícil acesso.
Os policiais pedem o fim da terceirização dos serviços ligados à corporação, a adoção de critérios claros na política de remoções o fim das perseguições a representantes sindicais e uma política de enfrentamento ao assédio moral dentro da corporação.
Em Cascavel, policiais federais, rodoviários federais e servidores da Receita Federal aderiram ao movimento nas vias de acesso ao Trevo Cataratas, segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná (Sinpef-PR). Equipes fiscalizaram os cruzamentos do Trevo com a chegada e saída da BR-277, BR-369, BR-467 e Av. Brasil, rota do contrabando e tráfico de drogas e armas provenientes de Foz do Iguaçu e Guaíra.
Os policiais exibiram faixas de protesto cobram que o governo direcione recursos para melhorias de condições de trabalho nessas regiões. Eles também exigem a construção de novas sedes, aquisição de equipamentos e aumento do efetivo.
De acordo com o Sinpef-PR, um adicional de fronteira serviria como incentivo para a lotação e permanência de mais servidores nessas regiões. Para o sindicato, a fronteira apresenta um "enorme volume de trabalho e índice incomparavelmente mais elevado de periculosidade".
Mesmo com a divulgação da operação, um automóvel foi apreendido com diversas mercadorias trazidas do Paraguai. O condutor e o passageiro foram conduzidos para Delegacia de Polícia Federal em Cascavel
Em Foz do Iguaçu, parte da ação se concentra na Ponte da Amizade. Por volta do meio-dia, a fila de carros que seguiam do Brasil para o Paraguai passava dos 3,5 quilômetros.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul, Ubiratan Antunes Sanderson, a operação atinge as cidades gaúchas de Chuí, Jaguarão, Aceguá, Santana do Livramento, Guaraí, Uruguaiana, São Borja, Porto Xavier e Porto Mauá. Por conta da operação padrão, o tempo de espera na imigração, que normalmente é de 10 minutos, subiu nesta quinta para 40 minutos.
De acordo com Ubiratan, além do Rio Grande do Sul, agentes da cidade paranaense de Foz do Iguaçu também aderiram ao protesto. Ainda não há informação sobre um balanço da operação. O movimento pretende mobilizar servidores de 12 Estados, entre eles Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Acre, Roraima, Rondônia, Amazonas Maranhão e Pará, além do Distrito Federal.
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