Para protestar contra as condições de trabalho na Polícia Federal, agentes da PF realizam manifestações nesta terça (25) e quarta-feira (26) em todo o país. No Paraná, 70% dos trabalhadores, que inclui agentes, escrivães e papiloscopistas, devem cruzar os braços nas duas datas durante todo o dia. Somente em Guaíra, no Oeste do estado, é que os atos têm horários previstos: entre 8 e 9 horas no primeiro dia, e 8h30 e 11 horas no segundo dia. Esta é a segunda mobilização, de mesmo caráter, em duas semanas.
Segundo o Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná (Sinpef-PR), apesar das mobilizações, o atendimento prestado ao público não terá restrição. Serviços como emissão de passaportes e atendimento a estrangeiros serão mantidos.
"O nosso interesse é informar sobre o congelamento salarial e o desmantelamento da PF, e não vamos afetar o público, que já vem sendo prejudicado todos os dias. Vamos parar os outros serviços, que não atingem imediatamente público, mas atinge sim na medida em quem deixamos de investigar", informou o presidente do sindicato no Paraná, Fernando Augusto Vicentine.
Chamado pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) de "Apagão da Polícia Federal", as mobilizações alertam, principalmente, sobre contingenciamento de verbas que inviabiliza as investigações. Segundo o órgão, nos últimos 10 anos, os investimentos na PF caíram de R$81 milhões para R$20 milhões. Agentes, escrivães e papiloscopistas ainda contestam o fato de estarem há sete anos sem reajuste salarial.
Durante os atos públicos, que serão realizados em todas as delegacias da PF do país, os dirigentes sindicais prometem repassar para a imprensa dados estatísticos inéditos que comprovam a queda de produtividade da Polícia Federal nacionalmente e regionalmente.
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