Agentes da Polícia Federal reuniram-se nesta sexta-feira (7), frente à Superintendência Regional do órgão em São Paulo para protestar por melhores condições de trabalho. O ato faz parte de uma mobilização nacional batizada de "Dia do Algemaço". Está previsto também um dia de greve para a próxima terça-feira (11).
Em 2012, a categoria rejeitou um aumento de 15,8% proposto pelo governo após 69 dias de greve. De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Jones Borges Leal, as reivindicações vão além da melhoria salarial. Segundo ele, os agentes também lutam por regulamentação da carreira, mais benefícios extra-salariais e aumento do efetivo policial.
Além da paralisação da próxima terça, outros dois dias de greve estão previstos para o final de fevereiro. Segundo Leal, o objetivo não é prejudicar a sociedade. Portanto, serviços considerados essenciais, como plantões, emissão de passaportes e vigilância de aeroportos vão continuar funcionando normalmente.
Integrantes da categoria falam em deterioração da Polícia Federal como forma de enfraquecer as operações de combate à corrupção. "A única polícia no Brasil que tinha condições de enfrentar uma corrupção pesada está sendo sucateada há oito anos pelo governo", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal, Flávio Werneck.
Copa
Segundo Werneck, a falta de planejamento do Governo Federal fez com que a Polícia Federal ficasse fora das previsões de segurança da Copa do Mundo deste ano. "Nós não fomos convocados para a Copa, nós penduramos as nossas algemas", afirmou.