Agentes penitenciários aprovaram o estado de greve ontem em assembleia em frente do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba. Os manifestantes aguardam o resultado de uma reunião com o governo prevista para o dia 18 antes de começar de fato uma paralisação do atendimento no sistema carcerário do estado. Representantes da categoria, acampados desde o dia 3, decidiram deixar o local em resposta à iniciativa do governo de negociar.
As manifestações são organizadas pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen). O vice-presidente da entidade, Antony Johnson, relatou que a expectativa dos manifestantes é de que na nova reunião o governo não esteja mais na condição de regime prudencial. Segundo os agentes, essa é a desculpa adotada para não ceder nos reajustes reivindicados pela categoria. "Vamos dar esse prazo para o governo, mas se não avançarmos, será decretado greve."
A paralisação não começará imediatamente, mas a operação-padrão promovida pela categoria deve ser intensificada nos próximos dias, segundo Johnson. "Vamos primar pela segurança e outros setores vão ser prejudicados".
Os agentes pedem reajuste de 23,37% sobre o adicional de risco do agente penitenciário, aumento de investimentos no sistema penitenciário, a realização de um concurso público para a contratação de mais 1,5 mil agentes e autorização do porte de arma para os profissionais da categoria.
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