Os agentes penitenciários do Paraná prometem cruzar os braços por 24 horas a partir da zero hora da próxima sexta-feira (02). O dia de protesto foi definido após consulta à categoria, feita pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen).

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A categoria exige mudanças no atual turno de 12 horas de trabalho por apenas 36 de descanso. Além disso, a classe quer que o sistema penitenciário seja inserida no contexto da Segurança Pública, incluindo os agentes na discussão do tratamento penal.

Com a greve, o sindicato pretende abrir caminhos para a negociação de uma nova proposta, que defende a mudança no regime para 24 horas de trabalho por 72 de descanso.

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Caso a paralisação não gere o efeito desejado, os agentes prometem entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 12 de setembro. De acordo com o sindicato, a paralisação deve contar com a adesão de cerca de 1280 agentes penitenciários de todas as unidades do estado, incluindo as terceirizadas, também por motivo de perdas salariais.

Porém, o porta-voz e Diretor do Sindarspen, Clayton Agostinho Auwerter, garante que 30% do efetivo, em todas as unidades penais do estado, estarão trabalhando, para manter a segurança. "Não vai ter visita, banho de sol, não vai funcionar o setor de trabalho e atendimento técnico. Vamos atender somente emergências médicas e decisões judiciais", relata o diretor.

Auwerter defende que a atual escala (12x36) é inviável e cita uma série de motivos para justificar o ponto de vista da categoria. Segundo Clayton, os agentes exigem uma avaliação técnica para ter a chance de provar que o regime de 24x72 é cientificamente comprovado como o mais eficiente e adequado às atividades profissionais de quem trabalha no sistema prisional.

"Queremos implantar esse modelo porque ele é amplamente defendido por psicólogos e sociólogos. O estado precisa reconhecer aquilo que a ciência já reconhece", justifica Clayton.

De acordo com a diretoria do sindicato a paralisação já foi comunicada ao governador do estado, Roberto Requião, ao Coordenador do Departamento Penitenciário (DEPEN), Honório Bertolini, ao Secretário Estadual de Justiça, Aldo Parzianello, ao Chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, e a Secretária de Administração e Previdência, Maria Marta.

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