Os agentes penitenciários mantêm ao longo de toda esta terça-feira (11) apenas os serviços essenciais em 90% das cadeias do Paraná. A ação é uma medida de precaução que vem sendo tomada nos dia seguintes aos motins, que têm se tornado comuns na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Nas contas do sindicato da categoria, foram nove revoltas de presos com 14 agentes penitenciários feitos reféns de dezembro de 2013 até agora. Foram três em dezembro, três em janeiro, uma em fevereiro e duas em março.

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O diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Antony Johnson, relata que o recebimento de visitas e o banho de sol dos presos, por exemplo, ficarão suspensos nesta terça. Os únicos serviços prestados normalmente serão os básicos, como alimentação e aqueles determinados pela Justiça, como as escoltas para locais como audiências ou para atendimento médico.

"Essa é uma precaução para a segurança, mas também para que o estado veja que o que está acontecendo ocorre pela falta de efetivo muito grande. Hoje precisamos urgentemente de mais agentes e existe em algumas unidades uma carência de materiais básicos. Tem unidade que não tem papel higiênico, não tem sabonete para entregar para os presos. Isso aumenta a insatisfação e por consequência a nossa insegurança no trabalho."

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A orientação do sindicato é para que na quarta-feira (12) o atendimento volte ao normal nos presídios. Enquanto isso, a entidade tem uma reunião marcada com a secretária de Justiça, Cidadania e Direito Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, às 16 horas desta quarta. Em outra frente, o sindicato também solicitou uma audiência com o Tribunal de Justiça, nesta segunda-feira (10), para discutir de quem é a responsabilidade por promover um levantamento preventivo de presos a serem transferidos da capital para o interior, ou vice-versa. Este último pedido ainda não teve resposta.

Seju

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Seju às 11h40 e aguarda retorno com posicionamento da pasta sobre o assunto.

Motim mais recente

No caso mais recente, ocorrido na manhã desta segunda-feira (10), seis presos de um bloco da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), mantiveram um agente penitenciário como refém por mais de quatro horas. Dois membros do grupo reivindicavam a transferência para um presídio de Guarapuava, Centro-Sul do Paraná. Após a remoção dos internos ter sido concedida, o agente foi liberado sem lesões físicas.

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