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Paraná

Agentes penitenciários não descartam possibilidade de greve

Membros da categoria prometem acampar em frente à sede do governo estadual | Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Membros da categoria prometem acampar em frente à sede do governo estadual (Foto: Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo)
Categoria prometeu acampar em frente ao Palácio Iguaçu até conseguir uma reunião com o governador Beto Richa (PSDB) |

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Categoria prometeu acampar em frente ao Palácio Iguaçu até conseguir uma reunião com o governador Beto Richa (PSDB)

Representantes dos agentes penitenciários do Paraná que acampam em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, desde a manhã desta terça-feira (03) não pretendem deixar o local tão cedo. Por volta do meio dia, houve uma reunião entre o secretário da Casa Civil, o deputado Reinhold Stephanes (PSD), e mais 200 servidores, mas sem progresso nas negociações.

"Pretendemos ficar acampados até a próxima segunda-feira (09), quando acontecerá a assembleia da categoria no próprio acampamento. Não descartamos a possibilidade de greve geral", alerta o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), José Roberto Neves.

Uma das exigências é a correção de 23,37% sobre o adicional de risco do agente penitenciário, o que, segundo a Casa Civil, não tem como acontecer tão cedo por causa do limite prudencial de gastos do governo que já foi excedido. "Nós questionamos a justificativa e contamos com o Dieese para avaliar a planilha de custos governamentais e verificar se isso é válido", conta Neves. "O próprio Stephanes nos disse que nossa reivindicação tem pouco impacto nas contas do estado, então não há motivo para não a aceitar", completa.

Ainda segundo o presidente, uma reunião com o governador Beto Richa foi protocolada e é esperada pela categoria. "Vai ser muito bom para o Paraná se formos atendidos. Queremos contar como anda o sistema prisional, o que consideramos fundamental", explica.

Os servidores aguardam que o aumento do adicional de risco seja aceito para negociarem as demais exigências com a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju). Entre os pedidos, estão o aumento de investimentos no sistema penitenciário, a realização de um concurso público para a contratação de mais 1,5 mil agentes penitenciários e a implementação do porte de arma para os profissionais da categoria.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Casa Civil reforçou que o limite do teto prudencial foi realmente excedido, mas que a exigência do Sindarspen é considerada prioridade número um do governo. A previsão inicial é que haverá condições para atender à reivindicação da categoria no fim de setembro e que, de qualquer modo, a porta está aberta para conversar com o secretário Reinhold Stephanes novamente.

Violência contra agentes

Entre fevereiro e março deste anos, diversos casos envolvendo agentes penitenciários foram registrados, entre eles duas mortes. No dia 18 de março, um agente penitenciário de 47 anos foi assassinado no bairro Boa Vista, em Curitiba. Pouco antes, no dia 13 do mesmo mês, outro membro da categoria, de 35 anos, foi assassinado com 11 tiros, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

Ainda em março, no dia 11, uma agente de 43 anos foi atingida por um tiro, no Xaxim, em Curitiba. Algumas semanas antes, no dia 25 de fevereiro, no Pilarzinho, um agente foi atingido por um tiro dentro da casa dele. Ele foi levado para um hospital e se recuperou. Dois homens seriam os responsáveis pelo crime.

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