A dona de casa Dulce Costa, 50 anos, disse na tarde de hoje que agradece a Deus pelo filho, Luiz Fernando Costa, 31, ter sobrevivido na queda da passarela na Linha Amarela, altura de Pilares, zona norte do Rio. Costa dirigia o caminhão que bateu com a caçamba na estrutura e a derrubou na manhã de hoje.
"Agradeço a Deus por ele está bem e peço a Deus que conforte os parentes das vítimas porque eu podia ser um deles", disse Dulce Costa, enquanto aguarda notícias do filho no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.
De acordo com a dona de casa, Luiz Costa é motorista de caminhão há mais de 10 anos e trabalhava para uma empresa privada no momento do acidente. Ela diz que ele passa bem, mas ainda está em atendimento na emergência porque sofreu "forte pressão no tórax" na colisão.
"Ele não consegue falar direito por causa da dor. Não sei se lembra de alguma coisa. Infelizmente aconteceu esse acidente. Não sei como foi. Soube pela TV", afirmou. Dulce Costa contou que o filho circula diariamente com o caminhão e sai de casa por volta das 7h ou 8h. Morador do Jacarezinho (zona norte), ele tem mulher e um casal de filhos. Amigos dele, que acompanham a mãe, não quiseram dar entrevista.
Por volta das 13h40, o motorista continuava na emergência do hospital.
Testemunha
Ao acessar a Linha Amarela, pouco depois das 9h de hoje, o representante comercial José Luiz Aromatis, 53, seguiu pela pista, bem ao lado do caminhão com a caçamba levantada. De imediato, ele percebeu que o veículo iria se chocar com a primeira passarela que encontrasse pela frente.
"Acelerei para escapar quando vi que a caçamba ia bater", disse Aromatis, que continuou acompanhando o veículo pelo retrovisor.
No momento do impacto da caçamba na passarela, ele percebeu que a frente do caminhão levantou, chegando a ficar no ar, no mesmo instante em que a estrutura desabou. "O bico do caminhão levantou na hora da batida. Deu para ouvir o estrondo", disse Aromatis, que mora no bairro do Cachambi, na zona norte, uma área próxima ao local do acidente. Acostumado a seguir por aquele trecho da Linha Amarela, o representante comercial disse à Folha de S.Paulo que ficou espantado ao ver o caminhão com a caçamba erguida.
"Não sei o que levou ele a dirigir daquela maneira e ainda em alta velocidade", comentou.
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