Antes de batalhar pelo impeachment, muitas entidades empresariais reivindicaram e aplaudiram medidas do governo que supostamente dariam impulso ao investimento e ao PIB, mas acabaram por arruinar as contas públicas e a própria economia.
O pacote de renovação de concessões que derrubou as tarifas de energia, por exemplo, foi defendido em propagandas na tevê por Paulo Skaf, presidente da Fiesp. No fim, o Tesouro destinou bilhões de reais não só para garantir a queda de 20% prometida por Dilma, mas também para indenizar concessionárias que aderiram ao plano.
Os diversos benefícios fiscais lançados por Dilma, de reembolso de impostos a exportadores à desoneração da folha de pagamentos, também custaram caro ao contribuinte. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), os benefícios tributários e subsídios, que consumiam 4% do PIB ao fim do governo Lula, chegaram a 6,5% do PIB – o equivalente a 13 Bolsas Família – em 2015.
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