
Agricultores de quatro municípios do Norte do estado fizeram um protesto nesta quinta-feira (6) em Santa Amélia. Eles querem permanecer na terra que é reivindicada pelos índios Kaingangues. A área é formada por 40 propriedades e avaliada em R$ 14 milhões. Pelo menos 300 pessoas participaram do protesto que fechou o comércio. Cerca de 100 famílias vivem em pequenas propriedades na área de 1,2 mil hectares entre Santa Amélia, Cornélio Procópio, Abatiá e Ribeirão do Pinhão. Há dois anos ganharam a companhia de 120 índios que abandonaram a reserva onde moravam, localizada a 12 quilômetros do local.
Os índios disseram que só foram para o local depois de ter acesso a um estudo da Fundação Nacional do Índio ( FUNAI) que apontava a área como deles. Os agricultores contestam o levantamento. Em abril a Justiça determinou a demarcação das terras baseada no laudo da Fundação. A decisão foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal em Porto Alegre. Mesmo assim os Kaingangues afirmam que não vão sair da área.