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Aids dispara entre os mais jovens

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Enquanto os casos gerais de portadores do vírus HIV têm diminuído, o aumento de infecções entre os jovens de 15 a 24 anos tem preocupado as autoridades de saúde em Curitiba. Em 2010, foram registrados 89 novos casos de portadores do HIV nesse grupo. Já em 2012, o número passou para 114 – um crescimento de 22% em apenas dois anos ou de 12% de 2011 para 2012. O número de jovens que foram contaminados pelo vírus HIV no último ano corresponde a um quarto de todos os casos registrados em Curitiba.

Desde que os dados começaram a ser coletados em 1984, foram identificados quase 10 mil casos de pessoas que desenvolveram a aids na capital. Hoje, cerca de 700 novos casos – entre portadores do vírus HIV e pessoas que desenvolveram a doença – são descobertos todos os anos. Entre os novos casos de portadores do vírus causador da aids, metade já havia desenvolvido a doença quando recebeu o diagnóstico.

Descuido

De acordo com o diretor do centro de epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Moacir Pires Ramos, essa tendência tem sido observada desde 2007 e mostra certa negligência dos jovens com relação à necessidade da prática de sexo com camisinha. "Na grande maioria dos casos, a transmissão do vírus acontece pela relação sexual", comenta. "Está havendo um grande descuido entre os jovens", afirma o diretor. Para a médica infectologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Paula Toledo, o sexo desprotegido é a principal causa desse aumento, principalmente em casais homossexuais. "Por se tratar de um grupo de risco, casais homossexuais têm uma chance maior de contrair a doença. Por isso a importância do sexo seguro", afirma a médica. Para Ramos, o fato de existir tratamento para a aids colabora para que não haja o devido cuidado para evitar o contágio.

Paula lembra que a falta de informação colabora para que haja um descuido, principalmente por parte dos jovens. "As pessoas, principalmente os mais jovens, perderam o medo da aids porque hoje em dia não é tratada como uma doença que mata, como era nos 80, por exemplo. É muito bom que os pacientes levem uma vida normal, mas mesmo assim é importante que não haja tantos infectados pelo HIV", alerta.

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