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Campanha

Mulheres e gays jovens são alvo

Da Redação, com agências

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse ontem que os desafios brasileiros para conter o HIV/aids incluem o combate ao preconceito e a ampliação do diagnóstico precoce, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. "Precisamos de novas atitudes, sobretudo entre o público mais jovem", destacou. As informações são da Agência Brasil.

"O ministério não vai ficar reproduzindo estratégias que tenham investimento maior, mas que atingem menos", frisou Padilha. Segundo ele, os investimentos, neste ano, será de cerca de R$ 16 milhões.

Padilha lembrou que 95% da população brasileira declarou saber que o preservativo masculino é a melhor forma de se prevenir contra o HIV. Apesar disso, o ministério detectou uma queda no uso da camisinha. A campanha que será lançada pela pasta no dia 1º de dezembro, segundo ele, terá uma "mudança de estratégia" em relação à do ano passado. "Temos uma geração que não foi sensibilizada como outras gerações que viram ídolos enfrentando a aids", disse.

O foco da campanha de 2011 serão mulheres jovens, de 13 a 29 anos, e homens jovens, de 15 a 24 anos, que fazem sexo com homens.

Até 2010, havia 34 milhões de portadores de HIV, o vírus da aids. Apesar de esse número ser recorde, ele traz consigo uma notícia positiva: ele é atribuído, em grande medida, à generalização de tratamentos que prolongam a vida dos soropositivos e estimulam a esperança de erradicar a doença.

As informações constam no relatório divulgado pelo Pro­­grama das Nações Unidas para a Aids (Unaids), ontem. De acordo com ele, nunca houve tanta gente vivendo com o vírus. A mortalidade pela doença, que chegou a ser de 2,2 milhões de indivíduos por ano em meados da década passada, caiu para 1,8 milhão em 2010.

"Nós nos encontramos na antessala de um importante marco na resposta à aids", afirmou o diretor executivo do órgão, Michel Sidibe. "Há poucos anos, parecia impossível falar sobre o fim da epidemia em curto prazo. No entanto, a ciência, o apoio político e as respostas comunitárias estão começando a dar frutos claros e tangíveis", completou. Atualmente, metade dos portadores do vírus recebe algum tipo de tratamento.

Queda

Desde o início da pandemia de aids, na década de 1980, mais de 60 milhões de pessoas já foram contaminadas pelo vírus HIV. Coquetéis de drogas conseguem controlar o vírus durante vários anos, mas não há cura nem vacina preventiva.

O relatório diz que cerca de 2,5 milhões de mortes foram evitadas em países de baixa e média renda desde 1995 graças ao lançamento e distribuição de novas drogas, segundo a Unaids. Essa tendência se intensificou nos últimos dois anos.

Dos 14,2 milhões de pessoas que deveriam estar em tratamento nos países de baixa e média renda, 6,6 milhões (47%) estão efetivamente recebendo os remédios. Em 11 países subdesenvolvidos, o acesso ao tratamento já é universal (ou seja, com cobertura de pelo menos 80%).

Em 2009, havia 15 milhões de pessoas precisando de tratamento, mas só 36% tinham acesso.

A Unaids informou ainda que o maior acesso a drogas resulta também em uma menor taxa de contaminações. Vários estudos científicos já mostravam que a oferta mais disseminada dos tratamentos deveria reduzir a proliferação do vírus.

Em 2010, surgiram 2,7 mi­­lhões de novos casos de contaminação pelo HIV, o que é 21% a menos do que no auge da pandemia, em 1997.

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