A Air France afirmou a juízes que investigam o acidente aéreo ocorrido em 2009 no voo 447 que a empresa não era culpada no caso, acusando indiretamente as fabricantes Airbus e Thales por problemas nos sensores de velocidade, disse uma fonte ligada ao caso à agência France Presse. O avião caiu no Oceano Atlântico, quando voava do Rio de Janeiro a Paris, há 18 meses, matando 228 pessoas.
"Nenhuma quebra das regras pode ser atribuída à parte da Air France", afirma a companhia, em um memorando, após detalhar os eventos que levaram ao acidente no meio do ano passado. A fonte diz que o documento de 15 páginas foi entregue "recentemente" à juíza investigadora Sylvie Zimmermann, em Paris, e a especialistas que analisam o caso.
O Ministério de Transportes da França anunciou ontem que irá realizar outra investigação para buscar as caixas-pretas da aeronave, em fevereiro. Os investigadores disseram em relatórios anteriores que os sensores Pitot, que monitoram a velocidade, produzidos pela companhia francesa Thales, teriam dado leituras erradas. Segundo eles, porém, essa não pode ser a única causa do desastre. Uma série de mensagens automáticas de erro foram emitidas pelo computador de voo a bordo, pouco antes de o avião desaparecer do radar.
Outras tripulações da Airbus haviam informado sobre problemas, antes do acidente. "A análise cronológica mostra que a Air France foi constantemente proativa para tentar remediar eventos ligados ao mau funcionamento dos sensores Pitot", afirma o documento da Air France. "A Airbus e a Thales pensaram que esses problemas eram menores e sem consequências potencialmente catastróficas", afirmou a companhia, no que a fonte viu como uma crítica indireta aos fabricantes.
Mas o documento nota também que "é impossível estabelecer com certeza um vínculo de causa e efeito entre a investigação do mau funcionamento do Pitot e o acidente". O memorando da Air France também isenta a tripulação de qualquer responsabilidade pelo acidente. As informações são da Dow Jones.
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