Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Paladar

Alameda Princesa Isabel vira pólo gastronômico de Curitiba

Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas (Foto: Arquivo Gazeta do Povo)

A construção imponente e o badalar dos sinos da Igreja dos Passarinhos já não são as únicas atrações na Alameda Princesa Isabel, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Hoje há quem passe pela rua sem perceber a igreja, porque provavelmente vai desviar o olhar para um dos mais de 15 restaurantes que existem no percurso da via.

Os sabores são variados. Somente na quadra entre as ruas General Aristides Atayde Júnior e Bruno Filgueira são sete restaurantes com comidas diferenciadas. Ali, como em outros pontos de Curitiba, aconteceu a tendência da setorização. É como a Rua Teffé – conhecida pela concentração de lojas de calçados – e o bairro Rebouças, que tem comércios especializados em materiais de construção.

Mas na quadra da gastronomia na Princesa Isabel o que o cliente não encontra é concorrência. Apesar de a maioria dos restaurantes ter se instalado ali aleatoriamente, cada um possui cardápio peculiar. O menu vai de comida asiática, francesa e frutos do mar a pizzarias. Os mais experientes defendem que o aglomerado comercial ocorre em qualquer cidade porque um determinado tipo de comércio puxa o outro. "Existe sempre alguém que começa e dá certo. Depois para os demais fica mais fácil. É diferente de colocar diversas panificadoras em uma única quadra. No caso da alameda, em especial, eles não fazem concorrência entre si. Pelo contrário, um ajuda o outro", explica o vice-presidente do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi), Luiz Alfredo Dornfeld.

O precursor da Princesa Isabel foi o Bar dos Passarinhos, que existe há 30 anos e mudou de proprietário há seis. O dono, Marco Dolabella concorda que sempre existe um primeiro comércio que é o responsável por dar o pontapé inicial na setorização de uma região. "Esse bar foi um sucesso desde que abriu. Aqui, todos juntos, somos como os restaurantes de uma alameda dos Jardins, em São Paulo: pequenos e de bom nível", afirma. O Bar dos Passarinhos é especialista em frutos do mar. Logo ao lado foi criado o Duchamp Bistrô, que serve comida francesa. Em seguida, apareceram na mesma quadra duas pizzarias, que também não são concorrentes: a Buzzi é mais voltada ao público infantil, pois serve pizza em quadradinhos, e a Baggio atende o público em geral. Também existe o espaço asiático, com três restaurantes diferentes: um de comida japonesa, outro de indiana e um último de alimentação asiática. "Começamos com o indiano há seis anos. Como deu certo, resolvemos investir mais. O cliente vem uma vez em um restaurante e quando enxerga esse pólo gastronômico decide voltar para experimentar os outros", explica o proprietário do Espaço Asiático, Jeetu Khemane.

Vizinhos

O restaurante mexicano Totopos não faz parte da quadra da gastronomia, mas está há três semanas na outra esquina. O proprietário Ricardo Cunha diz que abriu a casa exatamente por causa do aumento de restaurantes no local. Já o Supersalada abriu faz um ano e está a cinco quadras dali. O proprietário, José Eduardo de Arruda Gonçalves, porém, acredita que em breve a alameda deve estar mais povoada por restaurantes. "Essa distância vai desaparecer com o tempo e isso vai acontecer naturalmente. Antigamente faltavam opções para os moradores do Bigorrilho. Mesmo com a diversidade que existe hoje, ainda há espaço para os demais", diz.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.