Florianópolis – No primeiro dia oficial de campanha, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, ironizou ontem seu principal adversário, o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva. O motivo foi a declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral na véspera por todos os postulantes ao Planalto. Com base na informação fornecida pelo próprio PT de que o patrimônio de Lula dobrou desde a posse, Alckmin afirmou que para quem se coloca como representante dos pobres, Lula está bem financeiramente. "A única coisa que chama a atenção é que para o candidato dos pobres, ele é bem riquinho", disse o tucano ao desembarcar em Florianópolis (SC) para o primeiro ato oficial da corrida eleitoral.

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Apesar do comentário, Alckmin disse que "não fez conta nenhuma" para saber se o argumento do PT sobre o crescimento do patrimônio de Lula tem sentido. Segundo o partido, o crescimento de R$ 422,9 mil para R$ 839 mil dos bens pessoais é fruto de "poupança de parte do salário como presidente", bem como aposentadoria e rendimentos em aplicações anteriores a 2002. Para o tucano, a evolução patrimonial de Lula também não deve ser investigada. "Não há razão para pedir investigação", disse.

No ato de abertura de sua campanha, que reuniu cerca de 600 pessoas em um hotel na região central de Florianópolis, Alckmin fez um duro discurso contra o governo Lula. Ao longo de 17 minutos, disse que a administração do petista é baseada em propaganda enganosa e vai no sentido contrário do que o país precisa, que é se desenvolver e gerar emprego.

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Alckmin se comprometeu a reduzir a carga tributária para atrair investimentos e alavancar a oferta de empregos. Segundo ele, o Brasil precisa de 1,6 milhão de novos empregos por dia para comportar os jovens que ingressam no mercado de trabalho. "O governo só gera emprego de forma complementar. Quem gera é a agricultura, o turismo, a indústria".