O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse na manhã desta quarta-feira (9) que o racionamento de água no estado de São Paulo não está descartado.
"Nós não descartamos o rodízio (...) Nós vamos avaliar diariamente, no momento não há necessidade", disse o governador em evento na capital paulista.
Entretanto, Alckmin diz que a aplicação dessa medida deve ser feita apenas após uma análise. "Não é questão de segurar [um racionamento], é de avaliar. O rodízio promove uma redução. Se você consegue essa redução sem o rodízio, melhor", explicou Alckmin.
Em documento publicado nesta semana, a Sabesp admitiu pela primeira vez, de forma oficial, a possibilidade de implantar um rodízio de água em São Paulo ainda neste ano.Para Alckmin, as medidas de redução do consumo implantadas até o momento, somadas a obra estruturais, são suficientes para contornar a recente escassez de chuva nos sistemas hídricos que abastecem o Estado, especialmente o Cantareira. O governador disse que a decisão de adotar ou não um racionamento será "técnica"."O rodízio não está descartado e vai ser monitorado pelos técnicos que vão acompanhar esse trabalho. Essa é uma avaliação técnica que está sendo feita diariamente, e nós temos uma boa expectativa de redução de consumo em toda a região metropolitana, que vai ser importante para essa avaliação feita cotidianamente", disse Alckmin.Tanto a Sabesp como Alckmin, que será candidato à reeleição em outubro, vinham afastando em posicionamentos oficiais a possibilidade de um racionamento. No governo tucano, há preocupação sobre os efeitos eleitorais dessa medida.