São Paulo O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, rebateu ontem em Minas Gerais as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição. De manhã, Lula criticou em entrevista para rádios a "pequenez" de Alckmin e disse que a única coisa que o tucano sabia fazer era "privatizar".
Alckmin, disse que a campanha à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva é uma "mentira, sem parar". O tucano atribuiu ao "desespero" de Lula o que está sendo considerado uma nova estratégia da campanha petista. "Isso é desespero, isso é mentira", enfatizou, se referindo às declarações de Lula em entrevista à Rádio Bandeirantes.
"Não vou privatizar o Banco do Brasil, não vou privatizar a Petrobrás e a Caixa Econômica Federal", disse Alckmin ao chegar para um ato com prefeitos e lideranças políticas mineiras no Lapa Multishow, em Belo Horizonte. "Infelizmente a campanha do Lula é essa mentira sem parar".
Para o candidato tucano, o governo federal está mais para um "comitê eleitoral". Ele reclamou que os ministros engajados na campanha de Lula só sabem "fazer boato". "Ministro é para trabalhar, é pago com dinheiro público e essa lambança ética é muito triste".
Acompanhado do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), e do ex-presidente da República, Itamar Franco (sem partido), Alckmin também acusou Lula de tolerância com atos ilícitos ao comentar outra declaração do presidente, que disse que a violação do sigilo do caseiro Francenildo Costa foi uma "grosseria". "É impressionante a tolerância do presidente da República com atos ilícitos. O que foi feito contra o caseiro não foi grosseria, foi um crime de violação de sigilo bancário cometido pela Caixa Econômica Federal e pelo Ministério da Fazenda", disse.
No seu discurso para 1,2 mil pessoas, conforme estimativas da Polícia Militar, o presidenciável tucano, no entanto, foi mais ameno. Ele disse que estava, a partir de Minas, iniciando uma "grande caminhada cívica". "Uma caminhada que não é contra ninguém. Nós não somos contra pessoas. Nós somos a favor do Brasil. E o Brasil não pode perder tempo, não pode continuar perdendo oportunidades", afirmou, pregando em seguida a necessidade de alternância do poder.
"Caminhada cívica"
"Isso é uma corrida de revezamento. Um vai passando o bastão para o outro e cada um tem que suar a camisa, fazer o máximo pelo bem do nosso país. O PT já teve a sua chance. Agora é time novo para trabalhar pelo Brasil", comparou. Também falou de otimismo: "Temos até a eleição 19 dias, é muito tempo, é tempo de convencimento".
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