Brasília O candidato tucano a presidente da República, Geraldo Alckmin, criticou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter afirmado em Belo Horizonte que preferia governar para os pobres, que dão menos trabalho ao governo. "O presidente anda reclamando muito, se queixando demais. Ele precisa reclamar menos, e pegar no batente", cobrou Alckmin.
O tucano aconselhou seu adversário na corrida sucessória a adotar uma nova atitude de menos discurso, menos conversa e mais ação. "O caminho para diminuir a pobreza no Brasil é outro", pregou o candidato do PSDB, ao afirmar que, em seu eventual governo, trabalhará para dar mais emprego e aumentar a renda da população mais pobre.
O tucano recusou-se, no entanto, a comentar as críticas do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para quem o ajuste fiscal promovido por Alckmin no governo de São Paulo resumia-se ao corte de salários e de investimentos.
Alckmin também aproveitou o episódio da demissão do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para criticar a administração do presidente Lula.
Desestruturação
Disse que o país que chegou a ter a agricultura mais competitiva dos trópicos passa por um conjunto de problemas que vai do câmbio, à infra-estrutura ruim e ao alto custo da produção e da carga tributária, passando pela falta de seguro-safra.
"Essa desestruturação atrapalha a indústria, o comércio e o agronegócio. É preciso agir rápido mas, infelizmente, não foi o que ocorreu. Embora o Brasil tenha tido um ministro da agricultura que conhece agronegócios e é respeitado internacionalmente, ele não teve o apoio necessário para enfrentar essas dificuldades", disse o tucano.
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