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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A reorganização escolar proposta pelo governo de São Paulo, que seria implantada em 2016 e levaria ao fechamento de 93 escolas, foi suspensa para que seja aberto diálogo com a comunidade escolar no próximo ano. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (4) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

“Nossa decisão é adiar a reorganização e rediscuti-la escola por escola, com a comunidade, com os estudantes e, em especial, com os pais dos alunos”, disse em entrevista coletiva. Os estudantes permanecem estudando nas escolas onde estão matriculados.

A medida que propõe separar alunos por ciclo escolar (ensino fundamental 1, fundamental 2 e ensino médio) enfrenta resistência de alunos, pais e professores. Mais de 200 escolas foram ocupadas para reivindicar a suspensão da reorganização, que afetaria 311 mil alunos. Na quinta-feira (3), Ministério Pública e Defensoria Pública entraram com um pedido de liminar para suspender a medida.

Manifestações

Nesta semana, além das ocupações, estudantes bloquearam avenidas importantes da capital paulista e foram reprimidos pela Polícia Militar. Na quinta-feira (3), seis jovens foram detidos e três permaneceram presos e, entre as acusações, estava corrupção de menores. Nesta sexta-feira, novos protestos ocorreram na Avenida Paulista, e a PM usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para reprimir os estudantes.

Alckmin reforçou que está convicto de que a reorganização é a uma medida importante para a melhoria do ensino, mas que atenderá ao pedido dos estudantes. “Recebi a mensagem dos estudantes e dos seus familiares com as suas dúvidas e preocupações com relação à reorganização das escolas no estado de São Paulo”, afirmou. Ele deixou a coletiva sem responder a perguntas dos jornalistas.

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