Um vazamento ocorreu na tarde desta segunda-feira (13) no Terminal Público de Álcool localizado no Porto de Paranaguá, no Litoral do estado. O problema ocorreu por volta das 15h30 durante o descarregamento do etanol que chegou ao terminal em composições da América Latina Logística (ALL). O Corpo de Bombeiros usou espuma para evitar explosão.
Dois caminhões dos bombeiros foram deslocados para o atendimento. O álcool que vazou atingiu a Vila Becker, onde vivem cerca de 400 famílias. O produto também teria atingido o canal da Anhaia. Os morados contaram que em alguns pontos o álcool formou um rio e atingiu a canela de que estava no local. A assessoria de imprensa do porto informou que às 18 horas o vazamento já havia sido controlado. Até por volta das 20 horas, no entanto, o cheiro de álcool continuava forte na região.
O vazamento foi provocado por uma falha técnica, segundo a Agência Estadual de Notícias (AENotícias), órgão responsável pela divulgação das informações oficiais do governo do Paraná. Ainda de acordo com a AENotícias, a operação era de responsabilidade da Álcool do Paraná, uma das empresas credenciadas a operar no terminal.
Famílias que moram em áreas próximas ao terminal foram retiradas do local temporariamente. Ainda não há um levantamento sobre o volume de álcool que vazou. A remoção definitiva das famílias da área vizinha ao terminal está sendo providenciada pela Appa e Cohapar, informou a agência do governo.
Questionamento judicial
Em novembro de 2008, a Justiça Federal acatou ação civil proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) e determinou a suspensão das atividades do terminal. A ação denunciou irregularidades ambientais da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e nas licenças e autorizações concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para implantação e operação do terminal de armazenamento, embarque e desembarque de álcool. Segundo o MPF, a construção foi autorizada sem a necessária elaboração de um Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA).
A retomada das operações no terminal foi autorizada há três semanas. No dia 22 de junho, a desembargadora do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) Sílvia Maria Gonçalves Goraieb cassou a liminar de primeira instância que impedia o funcionamento.
O terminal público para exportação de álcool do Porto de Paranaguá é o primeiro do país e foi inaugurado em outubro de 2007, com custo de R$ 13,7 milhões. Tem sete tanques com capacidade de armazenamento de 35 milhões de litros de álcool. Pelo terminal é embarcado qualquer tipo de álcool, desde carburantes até os usados nas indústrias de bebidas e farmacêutica.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora