Os 170 índios da etnia tupi-guarani que vivem na Aldeia Indígena Pinhalzinho, entre os municípios de Tomazina e Guapirama, no Norte Pioneiro do Paraná, ficaram 16 dias sem água potável depois que a bomba do único poço artesiano que abastece a comunidade queimou. Nesse período, os índios tiveram de consumir água da chuva e de uma pequena lagoa que serve de bebedouro para animais. O fornecimento na aldeia só foi restabelecido na noite de quarta-feira. O cacique da tribo, Sebastião Mário Alves, conta que a comunidade teve que racionar a água porque havia risco de secar o reservatório improvisado. Segundo o líder indígena, sem água potável, as mulheres da aldeia tiveram de captar e armazenar em baldes e tambores improvisados a água turva e barrenta da represa, que depois foi usada para cozinhar e matar a sede das crianças. Nesse período, pelo menos cinco crianças tiveram diarreia e vômito, sintomas típicos do consumo de água sem tratamento. Índios adultos também apresentaram problemas na pele como escabiose (sarna) por causa da falta de banho. A falta de água potável levou ainda à suspensão das aulas para 32 alunos da Escola Indígena Yvy Porã, que fica dentro da aldeia. Alves explica que não foi a primeira vez que a aldeia ficou sem água, mas foi o mais longo período com as torneiras secas.
Na última terça-feira, uma equipe formada por técnicos de uma empresa terceirizada contratada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão ligado ao Ministério da Saúde, esteve na aldeia para fazer a troca da bomba. Os especialistas encontraram areia em excesso no fundo do poço. O material provocava a sobrecarga da bomba, que queimava com frequência causando as interrupções no abastecimento.
Moacir Antunes, chefe do Serviço de Edificações e Saneamento Ambiental da Sesai, justificou a demora em atender a aldeia. Segundo ele, a burocracia impede a rapidez nestes casos. Para solucionar o problema a secretaria teve que abrir um processo licitatório e obedecer a todos os prazos para adquirir a nova bomba. O equipamento custou pouco mais de R$ 5 mil.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Com Lula, fim de ano tem picanha mais cara dos últimos 18 anos
Justiça ou vingança? Alexandre de Moraes é acusado de violar a lei; acompanhe o Entrelinhas
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora