Brasília O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), resolveu ontem lançar sua candidatura à reeleição numa conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva um dia após a desistência do Congresso de aprovar o reajuste salarial de 91% para os parlamentares. Aldo era um dos principais defensores da medida.
A conversa de Aldo com Lula foi uma reação direta ao avanço da candidatura do líder do governo na Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Nesta semana, PT e PMDB praticamente selaram um acordo segundo o qual as duas siglas dividirão a presidência da Câmara, com cada uma no comando por dois anos. Pelo acordo, o PMDB vai apoiar Arlindo agora, na escolha a ser feita em fevereiro de 2007. Em 2009, o PT apoiaria um candidato do PMDB.
Preocupado com esses movimentos, Aldo decidiu oficializar sua candidatura diretamente com o presidente. Antes, o comunista dizia ser necessário aguardar para que sua recondução fosse expressa por uma "ampla maioria" da Casa. Aldo disse a Lula que o apoio do PMDB ao candidato do PT não é tão sólido assim, pois setores peemedebistas estariam ainda em dúvida sobre a eleição de um petista.
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