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A Polícia Civil do Rio está investigando lesões semelhantes a facadas encontradas no corpo do alemão Markus Miller, de 51 anos, que estava no apartamento onde houve uma explosão no bairro de São Conrado, na zona sul do Rio. A denúncia dos ferimentos suspeitos foi feita por médicos do primeiro hospital onde a vítima foi atendida.

De acordo com os agentes, Miller chegou à unidade hospitalar com queimaduras e cortes nos braços, peito, tórax e nádegas. Uma das linhas de investigação da polícia é de que o alemão tenha sido vítima de uma tentativa de assalto.

Ainda segundo os agentes, as hipóteses de acidente devido a vazamento de gás e tentativa de suicídio também estão sendo investigadas. Nesta quarta-feira (20), dois porteiros prestaram depoimento na 15ªDP (Gávea) e afirmaram que a vítima chegou ao local por volta das 22h do dia anterior ao acidente, desacompanhada.

“Ele era muito tranquilo. Chegava sempre no mesmo horário e nesse dia chegou de carro, abaixou o vidro e nos cumprimentou. Deu para ver que estava sozinho e que ninguém subiu com ele no elevador”, afirmou João Batista, 57, porteiro do prédio.

Sobre o momento da explosão, que danificou a maioria dos 72 apartamentos do edifício e deixou quatro pessoas feridas, o porteiro Antônio Santos da Silva, 50, revelou que ainda não conseguiu esquecer os momentos de terror que viveu. “Estava sentado e a cadeira chegou a tremer no momento da explosão. Fiquei sem reação e sem saber o que fazer. Foi terrível. Achei que o prédio iria cair, não sabia o que fazer.”

Liberação do prédio

O edifício onde ocorreu a explosão foi liberado nesta quarta-feira (20). De acordo com o síndico, Alexandre Oliveira, o local agora volta a ser de responsabilidade dos moradores. “Agora o prédio volta a ser de nossa responsabilidade. Vamos passar por várias etapas. Temos que tentar resolver o problema do fornecimento de água, gás e iluminação. Mas já é um avanço.”

Para o subsecretário de Defesa Civil do Rio, Márcio Motta, mesmo com a liberação para o início da reconstrução, o retorno dos moradores só deve o ocorrer na fase final de reforma, que deve durar cerca de três meses.

“Não é recomendável fazer o retorno ainda nessa fase de parte estrutural. Quando as intervenções passarem a ser nas partes internas de pintura e gesso, é perfeitamente possível que as pessoas retornem.”

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