• Carregando...

Uma denúncia do Observatório Ambiental de Maringá (OAM) apontando problemas nos dormentes da rede ferroviária que cruza o perímetro urbano maringaense levará o promotor de Meio Ambiente Ilecir Heckert a encaminhar uma notificação à América Latina Logística (ALL) esta semana. Em alguns trechos, os suportes de madeira apresentam partes podres, quebradas e até falta de parafusos, o que ofereceria risco de acidentes.

A situação dos dormentes foi registrada em fotografias anexadas ao ofício entregue na tarde de ontem à promotoria. "Vou solicitar informações para a empresa", disse o promotor. O OAM pede o embargo da circulação de trens com cargas perigosas no perímetro urbano até que as atividades estejam dentro das normas de segurança. Em março deste ano, uma falha de comunicação entre funcionários no pátio de manobras da empresa em Maringá causou um choque frontal entre dois trens e a morte de um maquinista.

Para a empresa, a situação está totalmente sob controle. "Não existe problema, é uma situação comum nos dormentes e não há riscos de acidentes", explicou o coordenador regional, Celso Fylyk. Ele revelou que equipes de técnicos da ALL inspecionam os trilhos e dormentes a pé a cada dois dias e supervisores fiscalizam o trabalho a cada quatro dias, conforme determinações da Agência Nacional de Transportes Terrestres. Cada quilômetro de linha férrea tem 1.750 dormentes, que ficam deteriorados com a ação do tempo, mas Fylyk disse que eles nunca se deterioram por igual no mesmo trecho, eliminando o perigo de acidentes.

A empresa também anunciou um investimento de R$ 60 milhões este ano na linha entre Maringá e Paranaguá. Já foram trocados 50 quilômetros de trilhos entre Apucarana e Ponta Grossa e está prevista, para os próximos cinco anos, a substituição dos trilhos entre Maringá e Apucarana. Os novos trilhos serão mais resistentes, informou a empresa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]