Vedete do programa de televisão de Lula no horário eleitoral na semana que passou, o biodiesel continuará em cartaz, agora em campanha publicitária de empresa do governo. Estréiam hoje, em mídia de alcance nacional, as peças publicitárias para anunciar o novo combustível criadas pela agência DPZ para a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobrás. Para justificar o lançamento da campanha em plena vigência da Lei Eleitoral, que estabelece uma série de restrições à publicidade oficial, o governo alega que a BR precisa anunciar seus produtos. De outra forma, perderia espaço para os concorrentes. Não que já exista alguém no mercado vendendo biodiesel.

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Brasil a.L. – Enquanto o programa eleitoral de Lula afirma que as pesquisas do biodiesel começaram em julho de 2003, o site www.biocombustiveis.com. br informa que os primeiros estudos datam da década de 70. Há ali foto da inauguração de um posto experimental em 1980.

Má qualidade – "A imagem de Lula como pai do biodiesel é mais falsa que gasolina batizada", diz o senador César Borges (PFL-BA), que recomenda ao presidente dar o devido crédito ao trabalho pioneiro de pesquisadores e governos anteriores.

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Monitor – O fôlego tomado por Geraldo Alckmin na pesquisa divulgada na noite de sexta pelo Ibope não alterou a disposição no QG lulista: por ora, os ataques serão rebatidos por terceiros e somente fora do horário eleitoral. É claro que tudo muda se o tucano consolidar uma reação.

Turbinado – O PFL ficou eufórico com o discurso feito por Alckmin na quinta-feira em Itabuna, carregado de ataques ao governo Lula. "O chocolate do sul da Bahia encheu o Geraldo de energia", comemora o deputado ACM Neto.

Nicho de mercado – Embora não espere ser campeão de votos, o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (BA), deve se reeleger, o que é atribuído ao fato de o deputado ser um produto raro: um pefelista que efetivamente pede votos para Alckmin.

Bandeira – Aldo Rebelo (PC do B-SP) abraçou a causa do voto aberto para processos de cassação na tentativa de ter ao menos uma herança bendita a apresentar em sua campanha pela reeleição à presidência da Câmara, depois de um mandato marcado por mensaleiros e sanguessugas.

Operação sumiço – Deputados acusados no escândalo sanguessuga articulam boicote ao esforço concentrado desta semana. Querem esvaziar o Congresso até a eleição.

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Em protesto – Para não perder a viagem, o grupo de deputados signatários da CPI dos Sanguessugas fará na terça uma exposição de sites e cartilhas que orientam o voto consciente. Representantes da AMB, OAB e CNBB já confirmaram presença.

Linha auxiliar 1 – Orestes Quércia (PMDB) procurou auxiliares de Aloízio Mercadante (PT) para trocar dados sobre suposta participação de assessores de José Serra no escândalo dos sanguessugas quando o tucano era ministro da Saúde. Os dois candidatos ao governo paulista esperam novidades contra o adversário vindas da CPI.

Linha auxiliar 2 – Slogan concebido pelos serristas para o programa de Quércia no horário eleitoral, a cada dia mais sintonizado com a campanha do PT: "Em terceiro, mas batendo no primeiro".

Exército – Pela estimativa da equipe de Mercadante, há 25 mil cabos eleitorais trabalhando para a campanha, incluindo apoiadores de candidatos a deputado. Como o esforço ainda não deu resultado nas pesquisas, o PT pensa em elevar o contingente.

TIROTEIO

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Do ministro TARSO GENRO (Relações Institucionais), sobre o discurso em que o tucano exortou seu partido a botar "fogo no palheiro":

– FHC quer que Alckmin inaugure no Brasil o neolacerdismo, cujo futuro é sempre o golpe. O estranho é que, como presidente, ele foi um democrata. Abdica, assim, não só do que escreveu como do que praticou.