O preço para quem pretende tomar a vacina contra a gripe em Curitiba subiu 16,6% neste ano na comparação com 2012. O dado é resultado de uma pesquisa da Gazeta do Povo, realizada com cinco estabelecimentos privados que disponibilizam a imunização para o público que não é atendido pela campanha oficial de vacinação do governo, que contempla apenas grupos prioritários (leia quais eles são abaixo).
Desde o início da pesquisa, na semana passada, até esta terça-feira (23), houve reajuste de preços em dois dos cinco estabelecimentos consultados. A maioria dos locais também relatou estoques baixos e a possibilidade de falta de doses. Por isso, é recomendado que o interessado ligue para o local de sua escolha para confirmar a disponibilidade da vacina e o valor cobrado.
Nos casos de aumento, a justificativa dos estabelecimentos foi que o reajuste veio dos fabricantes das vacinas, visto que um novo lote teve que ser adquirido.
Não é a primeira vez que o preço da vacina contra a gripe sobe na capital. Em julho de 2012, o custo médio das vacinas nos laboratórios particulares de Curitiba subiu de R$ 60, em 2011, para R$ 75, um aumento de 25%. E foram feitas denúncias de cobrança de preços abusivos. O caso chegou a ser investigado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), mas não houve divulgação do resultado do trabalho dos promotores.
Variação de preços
A variedade dos preços da vacina contra a gripe é determinada por fatores diversos. Entre eles, estão o laboratório responsável pela produção, a disponibilidade e a demanda pelo produto.
Três grandes laboratórios mundiais produzem as vacinas contra a Gripe A: Novartis, GlaxoSmithKline (GSK) e Sanofi-Aventis. No Brasil a GSK vende um grande numero de imunobiológicos para o governo federal, mas não fornece a vacina contra o Influenza.
A Sanofi-Aventis tem um acordo com o Instituto Butantan, ligado ao Governo de São Paulo. E neste ano de 2013 é o instituto que está fornecendo as doses da vacina ao Ministério da Saúde.
O laboratório Abbott, do grupo Solvay, também produz a vacina da gripe e não fornece números, mas relata que a produção deste imunobiológico está aumentando, a cada ano, para atender a demanda brasileira. A assessoria do grupo informa ainda que utiliza na composição da vacina duas cepas do vírus do tipo A(H1N1 e H3N2) e uma cepa do tipo B, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A Abbott informa que o Influvac é contraindicado para menores de 6 meses de idade, bem como para paciente hipersensíveis a substâncias ativas ou a qualquer substância que possa estar presente na forma de traços de ovo. A vacinação deve ser adiada no caso de pacientes com febre ou infecção aguda.
Idosos, gestantes, mulheres em período de puerpério (até 45 dias após o parto), crianças de 6 meses a 2 anos, índios, profissionais de saúde e doentes crônicos formam os grupos prioritários para receber a vacina contra a gripe, de graça, nos postos de saúde.
A imunização começou no dia 15 de abril em todo o país. A meta para este ano é imunizar 32 milhões de pessoas no Brasil que integram os chamados grupos prioritários, que incluem também a população carcerária. Serão distribuídas cerca de 43 milhões de doses que, este ano, protegem contra os seguintes subtipos de influenza: A (H1N1) ou gripe suína, A (H3N2) e B.