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Quando a rotatória é a solução

Moradores do bairro Hugo Lange, em Curitiba, apostam na implantação de minirrotatórias em cruzamentos da região para aumentar a segurança no trânsito e diminuir a velocidade dos veículos. Um projeto que pede a inclusão de dez pequenas intervenções já foi entregue à prefeitura pelo Conselho Comunitário de Segurança Pública (Conseg).

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Há três anos no Brasil, o presidente do Conseg do Hugo Lange, o suíço Stephan Knecht, cita as cidades de seu país como exemplo. "A Suíça era cheia de semáforos. Em 15 anos, substituiu-se grande parte por rotatórias", conta. Ele diz que, quando possível, o elevado central pode servir como canteiro de flores ou espaço para a exposição de artes plásticas.

Um exemplo está em Paris. O Ar­­co do Triunfo está localizado na Praça Charles de Gaulle, conhecida como Estrela por funcionar co­­mo uma enorme rotatória que re­­cebe 12 grandes avenidas, entre elas a Champs-Elysées. Um ponto tu­­rístico que mostra como o trânsito francês também pode ser caótico nos horários de pico.

Não é preciso ir tão lon­­ge. Em Maringá, no Norte do Paraná, o cruzamento das principais avenidas acontece em rotatórias e algumas praças, como a Ma­­noel Ribas e a Pio XII, também fo­­ram projetadas para servir como grandes rotatórias que chegam a confluir até nove ruas. Outra cidade paranaense com a mesma característica é Umuarama, na região Noroeste.

União

A união dos moradores do Hugo Lan­­ge é uma parceria que está dando certo. Em um ano, os trabalhos em conjunto com a polícia e a comunidade contribuíram para a queda de 30% das ocorrências na vizinhança. A primeira ação do grupo formado no final de 2008 foi aplicar um questionário com os cerca de 3 mil moradores para descobrir as principais carências da região. Grupos de trabalho foram formados a partir dos resultados.

Em abril de 2009, o Conseg entregou um documento à prefeitura com as demandas para melhorias no trânsito. "Nós temos de assumir responsabilidades e elaborar propostas. Não só reclamar. Temos de lutar também e dedicar tempo para isso", afirma Knecht. "Não estamos reclamando a não execução dos projetos. Queremos ajudá-los a executar", afirma o arquiteto Fernando Neumann. (JO)

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