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Maria Vitória Valoto resolveu entrar na vida acadêmica bastante cedo | /Arquivo Pessoal
Maria Vitória Valoto resolveu entrar na vida acadêmica bastante cedo| Foto: /Arquivo Pessoal

A estudante londrinense Maria Vitória Valoto, que está entre os cem alunos selecionados para competir na Google Science Fair, agora é uma das finalistas do concurso, marcado para setembro, nos Estados Unidos. Ela será a primeira brasileira a participar da cerimônia entrega de prêmios aos vencedores da competição, voltada para as áreas de ciência e engenharia e que envolve adolescentes e jovens de 13 a 18 anos de todo o mundo.

Com ajuda dos professores que auxiliaram na pesquisa e no desenvolvimento do produto, Maria Vitória - studante do 2.º ano do Ensino Médio do Colégio Interativa de Londrina - criou um sachê de cápsulas de lactase reutilizáveis - responsável pela “quebra” da lactose e, por isso, muito útil para a dieta de intolerantes à lactose. Diferentemente dos métodos que existem hoje, em que o comprimido é ingerido pelo paciente antes da alimentação, a cápsula desenvolvida pela jovem e pelos professores é colocada diretamente no leite, para que a enzima lactase faça a quebra do açúcar do leite, ali, no copo mesmo. Ela pode ser retirada e reutilizada por até sete dias.

Incentivo

A jovem estudante resolveu entrar na vida acadêmica bastante cedo, quando aceitou participar de um projeto de iniciação científica da escola em parceria com a Universidade do Norte do Paraná (Unopar). Lá, com ajuda dos professores do colégio, começou a frequentar algumas aulas do mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados e, juntamente dos professores universitários, começou a desenvolver um método mais viável para a quebra da lactose - que inovasse não só na forma com que a enzima é colocada em cápsulas, mas também de uma forma com que ela é utilizada.

“Meu pai é intolerante à lactose, então essa foi a minha motivação”, conta a estudante. Maria Vitória diz que o projeto a motivou tanto que passou várias tardes dentro do laboratório sem nem ver o tempo passar. “Tinha muita vontade de ver o produto pronto”, diz. Todo o processo demorou cerca de um ano para ficar pronto.

Projeto já rendeu viagens, prêmios e um plano para o futuro

O projeto deu tão certo que Maria Vitória já viajou para vários cantos do país apresentando a sua pesquisa. Além da Google Science Fair, a jovem foi a quarta colocada na sua categoria na feira Intel ISEF - uma das mais concorridas do mundo que foi realizada nos Estados Unidos, em maio. “Até hoje, só seis paranaenses conseguiram ser classificados para ir a essa feira. Eu tive a sorte de voltar com o quarto lugar”, conta a jovem, orgulhosa.

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