O delegado Carlos Alberto Cerone, do setor de homicídios da Delegacia Seccional de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, disse na tarde desta quinta-feira (30) que a arma responsável pelo tiro que matou o menino Miguel Cestari Ricci dos Santos, de 9 anos, era um revólver calibre 38. A criança foi atingida dentro de sala de aula na Escola Adventista de Embu, também na região metropolitana, na quarta-feira (29).
O delegado também descartou a hipótese de que o menino tivesse sido ferido após a explosão de uma bombinha na escola. Apesar da identificação do calibre da arma, a polícia ainda não localizou o revólver, seu dono ou identificou o autor do disparo. O delegado também afirmou que ainda não é possível dizer que o tiro tenha sido dado por outra criança. "O disparo foi a curta distância, isso dá para afirmar. Estamos com equipes nas ruas, colhendo provas. Todas as linhas de investigação estão sendo seguidas", disse Cerone.
Ainda segundo o delegado, nenhuma câmera flagrou o ocorrido. O crime aconteceu por volta das 12h de quarta. As aulas já tinham acabado quando professores e funcionários ouviram o barulho de um tiro e encontraram Miguel já baleado dentro de uma sala de aula, sozinho. O enterro do menino está marcado para esta tarde, no Cemitério São Paulo, na Zona Oeste de São Paulo.
Durante a noite, policiais visitaram casas de alunos para tentar identificar quem estava com a arma que baleou a criança, que também não foi encontrada. Logo após o crime, policiais entraram no colégio para procurar a arma, mas nada foi encontrado. Duas perícias foram realizadas uma durante a noite e outra na madrugada desta quinta.
Os próprios funcionários da escola levaram Miguel até um hospital particular. O menino entrou na emergência em estado de choque e chegou a passar por cirurgia, mas morreu.
Nesta manhã, uma faixa preta em sinal de luto cobria parte do portão. Funcionários estiveram no local, assim como as famílias de alguns alunos, que não sabiam do cancelamento das aulas ou queriam saber como estava a situação. A escola permanece fechada e as aulas só serão retomadas na próxima segunda-feira (4). O colégio informou que está colaborando com as investigações e prestando solidariedade à família.