Para a professora Suzane Schmidlin Löhr, coordenadora do Centro Psicológico do do Centro Universitário Positivo (UnicenP), a comunidade não é a única beneficiada pelo atendimento nas clínicas-escolas e escritórios-modelos. "É uma troca na qual o paciente recebe um bom atendimento e os acadêmicos desenvolvem as habilidades essenciais à profissão", diz.
No caso dos alunos de Psicologia, a oportunidade de conviver com a prática, relacionando o conteúdo teórico com o exercício profissional, começa no primeiro ano. As intervenções profissionais são desenvolvidas por estudantes de quarto e quinto ano, e alunos de terceiro ano fazem avaliação e diagnóstico psicológico. Os acadêmicos das séries iniciais desenvolvem atividades de observação em sala de espelho. "Percebemos que esta oportunidade de vivenciar a prática desde o início faz a diferença. Estamos agora com a primeira turma de graduandos de Psicologia formada, e já constatamos que vários deles foram contratados pelos locais em que fizeram estágio, ou passaram em concursos", avalia Suzane.
O coordenador do curso de Odontologia da Universidade Federal do Paraná, Jaime Bordoni Júnior, compartilha da mesma opinião. "Quando ainda estão na universidade, os estudantes podem consultar os colegas e planejar a melhor saída para o problema apresentado, ao contrário do que ele vai experimentar sozinho no consultório", diz. O professor conta que profissionais recém-formados pedem para continuar freqüentando o Centro de Triagem Odontológica da Federal. Justamente por isso, a coordenação de curso decidiu em 2006 permitir maior contato do aluno desde o primeiro ano. A mudança ainda depende de ajustes, mas pretende-se que os estudantes assistam e auxiliem nos atendimentos. (AA)