O clima era de vestibular, mas os quase 2 mil alunos que encheram as salas do setor de Ciências Sociais Aplicadas do câmpus Jardim Botânico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) já são universitários. Na tarde de ontem, o que eles tentaram foi uma vaga na UFPR, por meio do Programa de Ocupação de Vagas Remanescentes (Provar), que preenche as vagas deixadas por estudantes que abandonaram os estudos no meio de seus cursos. "Acho que estou mais ansiosa agora do que quando prestei vestibular", afirmou Eloísa Pelegrino, que já fez 3 anos de Farmácia na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), em Guarapuava.

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A estudante de Administração Rafaela Gonçalves, que faz faculdade na Spei, em Curitiba, até levou um livro para uma revisão de última hora, mas disse que não estava nervosa. "Se eu não passar, não acontece nada. Continuo estudando e vou me formar em dois anos", explicou. Além de escapar da mensalidade de R$ 380, Rafaela vê na UFPR a possibilidade de ter mais portas abertas no mercado de trabalho. "Estudar na Federal dá status, e daí vêm as oportunidades", argumentou.

Para Karen Pasquini, estudante de Enfermagem na Uniandrade, e os colegas Odair dos Santos e Daniel Patitucci, alunos de Psicologia na Tuiuti, a principal motivação para tentar o Provar é financeira. "O currículo da Tuiuti é bom, mas os R$ 830 pesam no bolso", afirmou Patitucci. Dinheiro não é a preocupação de Eloísa e seus amigos Anderson Horchulhack e Sheila Parmezan, já que a Unicentro é gratuita. Foram a infra-estrutura e a qualidade de ensino da UFPR que trouxeram os estudantes a Curitiba. A possibilidade de estudar na capital também é um atrativo. "Aqui estão as grandes chances para nós", afirmou Horchulhack.

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