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Os 110 mil alunos que farão o terceiro ano do ensino médio em 2007 na rede estadual de ensino vão contar com uma ajuda extra para tentar garantir vaga nas grandes universidades do estado. A Secretaria de Estado de Educação (Seed) vai implantar a partir de agosto de 2007, por meio da TV Educativa e da TV Paulo Freire (captada por antena parabólica), uma espécie de tele-cursinho preparatório. O projeto custará cerca de R$ 600 mil ao estado.

A idéia é uma das vertentes do Projeto Eureka, coordenado pelo professor e consultor da Seed, Marlus Humberto Geronasso. No ar há três anos pela TV Educativa, o projeto Eureka conta com vídeo-aulas, debates e programetes educativos inseridos nos intervalos comerciais.

Nesta nova fase do projeto, todos os alunos do terceiro ano do ensino médio que estudam em escolas estaduais receberão material didático elaborado por professores de cursos pré-vestibulares. Num segundo momento, eles poderão acompanhar por meio da tevê cinco aulas diárias para revisão de todo o conteúdo do ensino médio. "Algumas dessas aulas já estão inclusive gravadas, elas serão ministradas por professores de cursinhos e da rede estadual também", informa a chefe do Departamento de Ensino Médio da Seed, Marilane Hutner.

De acordo com Marilane, a idéia do projeto não é aderir à metodologia dos cursinhos preparatórios que, na opinião dela, massificam a aprendizagem. "Este não é um projeto isolado. Estamos realizando várias ações que viabilizam a melhoria da educação no Paraná", afirma. O projeto, enfatiza Marilane, não substitui o conteúdo ministrado no ensino médio. "É apenas uma revisão minuciosa, com professores diferentes para cada ‘frente’ de cada disciplina", diz Geronasso.

Segundo Marilane, a Seed pretende atender tanto os alunos que querem disputar uma vaga no ensino superior como aqueles que querem entrar direto no mercado de trabalho. "Temos perfis de alunos bem diferentes, temos de atender a todos", diz.

Presenciais

De acordo com o estudo apresentado por Geronasso à secretaria, mesmo com a implantação de cotas para estudantes de escolas públicas no vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os alunos oriundos de escolas particulares que passam no concurso ainda superam em muito os da escola pública. No concurso vestibular 2005, 36,04% eram afrodescendentes ou provenientes da escola pública e 63,96% de escolas particulares.

Além do tele-cursinho, a Seed estuda ainda a implantação de aulas similares de forma presencial em algumas escolas da rede estadual, assim como a realização de simulados e aulões de véspera. "A intenção inicial seria beneficiar diretamente cerca de 21 mil alunos. Como é um projeto de grande porte, estamos tentando resolver alguns problemas logísticos e aguardando o aval do secretário de Educação", afirma Geronasso.

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