Além de ficarem suspensos por alguns dias, os alunos do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que se envolveram em trotes considerados violentos em 2009, perderam a chance de participar de um programa de intercâmbio naquele ano. As portarias com as suspensões foram assinadas na última sexta-feira, mas tiveram pouca repercussão no próprio curso. As medidas foram consideradas justas pelos colegas.
Na recepção do ano letivo em 2009, calouros foram obrigados a deitar no asfalto enquanto as calouras andavam sobre eles. Um aluno do 4.º ano foi suspenso por 15 dias e um do 3.º por 20 dias. A punição foi resultado de um processo administrativo aberto para investigar o caso. Durante a investigação, somente os dois alunos foram identificados: um por imagens de emissoras de televisão e outro por depoimentos. A UEL não divulgou os nomes dos estudantes.
Como a punição administrativa demora a ocorrer, a coordenadora do curso, Débora Santiago, explicou que outra medida punitiva, de efeito imediato, foi tomada. "Restringimos a participação dos alunos no intercâmbio para a França", disse. Segundo ela, o programa de intercâmbio, que ocorre ainda com países latino-americanos e Estados Unidos, não deixou de acontecer, mas os alunos das turmas envolvidas no trote deixaram de ser selecionados.
Estudante do 3.º ano de Agronomia, Patrick Menin acha a punição necessária. "Não adianta só falar que não pode. De um jeito tem que punir. É como um castigo. Agora, se vai mudar o que eles pensam, é outra história."
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